quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Meningites


            Ao redor do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) nós temos membranas que recobrem chamadas meninges. Essas membranas podem ser alvo de infecções severas chamadas meningites.
            Podem ser virais, bacterianas ou fúngicas, sendo as primeiras as mais comuns e também mais benignas em seus curso. As bacterianas costumam ser mais severas, apresentam sintomas de maior gravidade e requerem tratamento mais intensivo com antibióticos. Destaca-se as meningites pneumocócica e a meningocócica. As fúngicas são praticamente restritas a pacientes portadores com comprometimento do sistema imunológico.
            O contágio se dá por aspiração dos micro-organismos através da boca ou do nariz e depende que els consigam se alojar nas meninges para assim causar a infecção. O diagnóstico é confirmado através de exames laboratoriais incluindo aí a análise do líquido que envolve o sistema nervoso central chamado líquor que é coletado através de uma punção na região lombar do paciente.
            Os sintomas mais comuns de meningite são: febre alta, dor e rigidez na região da nuca, pode haver torpor e/ou desorientação principalmente quando existe encefalite associada, porém em populações especiais como idosos e imunocomprometidos os sintomas podem ser menos intensos e a doença mais grave. A meningite meningocócica normalmente cursa de forma mais grave e aguda, pode ser fulminante e fatal. Além dos sinais clássicos descritos acima, podem aparecer também pontos avermelhados espalhados pelo corpo (petéquias) e pode haver mudança na coloração da pele.
            Vale ressaltar que em casos de meningite bacteriana (principalmente a meningocócica) os contactantes íntimos do paciente, aqueles que ficaram muito tempo no mesmo ambiente fechado e profissionais de saúde que manipularam vias aéreas desses pacientes, devem receber antibióticos como profilaxia (prevenção) para não sofrerem o contágio. Existem vacinas contra alguns tipos de meningite bacteriana como a meningocócica.

            Fale com seu médico.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

TUBERCULOSE

            Doença que assolou o Brasil no final do século XIX e início do século XX, a tuberculose ainda apresenta números alarmantes no nosso país. Extremamente contagiosa, a tuberculose tem sua disseminação associada a aglomerações e a condições de subdesenvolvimento.
            Ela é causada por uma bactéria, a chamada Mycobacterium tuberculosis (conhecida antigamente como bacilo de Koch) e é transmitida através de pessoa para pessoa através da tosse, espirros ou simples fala com eliminação de perdigotos (gotículas de saliva com secreção). A instalação mais comum é no pulmão porém a tuberculose pode atingir muitos outros órgãos. Mais comumente, a tuberculose causa tosse persistente, febre, suores noturnos, perda de peso, fraqueza, eliminação de secreção sanguinolenta na secreção e deve ser tratada adequadamente, um tratamento prolongado que pode durar de 6 a 9 meses dependendo das condições do pacientes.
            Com a pandemia de HIV, a tuberculose também cresceu em número de casos e em gravidade, devido ao comprometimento imunológico desses pacientes. O tratamento é feito com agentes específicos que são fornecidos, aqui no Brasil, pelo ministério da saúde. É uma doença de notificação compulsória e o tratamento é obrigatoriamente realizado pelo governo, mesmo que o paciente esteja numa instituição privada.
            Se tratada adequadamente, em cerca de 1 mês o paciente apresenta melhora significativa e deixa de ser contagioso para seus contactantes, porém é importante que o tratamento seja realizado até o final (6 a 9 meses) pois existe o risco de recidiva. Existe a vacina (BCG) dada ainda bebê que não confere proteção total, mas reduz o risco de tuberculose em cerca de 50%.

            A história clínica, exames laboratoriais, testes cutâneos e exames radiológicos são as armas para o seu correto diagnóstico. 

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Vitamina C

              A vitamina C , também conhecida como ácido ascórbico, é uma importante vitamina que algumas funções em nosso organismo. É amplamente ingerida ao redor do mundo sob a forma de suplementos e hoje falarei um pouco sobre ela.
            A vitamina C é antioxidante, com isso ela funciona como prevenção para danos celulares e nos processos de cicatrização. Também tem função no sistema imune e ajuda na absorção de ferro pelo nosso organismo. A suplementação de vitamina C raramente é necessária em pessoas com alimentação normal e algumas condições onde se requerem quantidades maiores incluem:
·         Gravidez e amamentação
·         Fumantes
·         Recuperação de cirurgia
·         Vítimas de queimaduras
A vitamina C é encontrada em frutas frescas, principalmente as cítricas (limão, laranja, etc), pimentões verdes e vermelhos, tomates, brócolis, etc. e os suplementos normalmente vem na dose de 500mg ou de 1g. É importante salientar que essas doses já são bem acima das necessidades diárias de vitamina C mesmo nas situações de maior necessidade. E que doses diárias acima disso podem trazer problemas como náuseas, diarreia, aparecimento de cálculos urinários e dor de cabeça.
    Outro fato importante é que a vitamina C é facilmente destruída no preparo ou armazenamento dos alimentos, então algumas dicas são comer frutas frescas e cortá-las na hora de comer e cozinhar alimentos ricos em vitamina C o mais rápido e com menos água possível para evitar sua degradação.
     Antes de qualquer suplementação vitamínica, veja com um médico e/ou nutricionista se isso é necessário e se não existem condições que a suplementação possa ser prejudicial (ex: paciente com histórico de cálculo renal deve evitar suplementar vitamina C). Ao contrário do que se acredita, a vitamina C não previne gripes e resfriados porém alguns trabalhos mostram uma recuperação mais rápida.


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Esclerose Lateral Amiotrófica

            Ontem tive a notícia ruim que um colega que acompanhava uma paciente junto comigo teve de parar de trabalhar por uma doença grave e extremamente debilitante chamada Esclerose Lateral Amiotrófica, também conhecida como ELA. É uma doença do sistema nervoso central, progressiva que vai acometendo a transmissão nervosa do cérebro para nossa musculatura voluntária (músculos que movimentamos voluntariamente como nossos braços e pernas).
            O principal sintoma da ELA é a fraqueza  e atrofia muscular, espasmos e, com a progressão, pode atingir a musculatura responsável pela respiração causando falência respiratória. Além disso, podem existir engasgos, salivação, gagueira, cabeça caída, etc. Ela acomete amis homens e o quadro mais comumente se inicia entre os 40 e 50 anos de idade.
            As causas da ELA são desconhecidas, embora existam casos que sejam familiares, a maioria dos casos não tem relações genéticas. A cura ainda não existe, existem medicações que aliviam parte dos sintomas porém não conseguem interferir na progressão da doença. Fisioterapia e nutrição tem importante papel pois o paciente tem óbvias dificuldades motoras e alimentares.
            Para o diagnóstico, além da história clínica e exame físico, podem ser feitos:
·         Exames laboratoriais;
·         Tomografia ou ressonância magnética para afastar outras possíveis causas para o quadro neurológico;
·         Teste genético em caso outros casos de ELA na famíoia
·         Punção lombar

A doença é progressiva e o óbito vem normalmente por complicações respiratórias.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Pancreatite - você conhece?

                  O pâncreas é uma glândula localizada atrás do estômago e muito perto da primeira porção do intestino delgado. Tem uma função mista, atuando tanto na digestão dos alimentos com o suco pancreático liberado no intestino  tanto no controle dos níveis de glicose no sangue com a secreção de insulina e glucagon no sangue. 
            A pancreatite é a inflamação do pâncreas causado, normalmente, pela ativação das enzimas digestivas pancreáticas ainda dentro do pâncreas. Ela pode ser aguda ou crônica e as duas formas são sérias e com potencial grande para complicar.
            A pancreatite aguda é de início súbito e com cura completa normalmente após alguns dias de tratamento. A causa mais comum são cálculos da vesícula que migram e vão obstruir o ducto de saída do pâncreas. O sintoma mais comum é a dor abdominal , usualmente de forte intensidade,  náuseas e vômitos. O tratamento inclui uma dieta rigorosa, hidratação venosa e , por vezes, antibióticos. A internação hospitalar é mandatória.

            A pancreatite crônica não cura, vai piorando ao longo dos anos e deixa dano permanente. A causa mais comum é o alcoolismo mas também pode ser causada por fibrose cística, altos níveis de triglicerídeos  ou cálcio no sangue além de doenças autoimunes. Os sintomas incluem náuseas, vômitos, perda de peso, fezes gordurosas. O tratamento das crises incluem internação, dias de dieta muito restrita, hidratação venosa e, depois disso, o paciente pode ter de tomar enzimas, uma dieta bastante específica e é de suma importância que pare de beber e fumar.

domingo, 17 de novembro de 2013

Vitamina D


            A vitamina D tem sido extremamente estudada recentemente pela medicina e tem crescido em importância nos últimos anos. Sua reposição e medidas para manter seus níveis normais tem sido alvo de esforços tanto dos pacientes quanto dos profissionais de saúde.
            As principais fintes alimentares de vitamina D são os óleos de fígado de peixes e produtos derivados do leite. Assim, a ingesta desses alimentos, principalmente laticíneos, constituem a principal fonte dessa vitamina. Mas nosso organismo também produz a vitamina D, ela se encontra principalmente na pele numa forma de pró-vitamina D e depend da exposição ao sol (com raios ultravioleta) para sua conversão na forma ativa de vitamina D  (vitamina D3) e, assim, poder ser absorvida e aproveitada pelo organismo.
            E para que serve a vitamina D?
            Os cientistas estão cada vez descobrindo mais usos e utilidades para a vitamina D, sendo sua função mais conhecida acontece no equilíbrio mineral do organismo principalmente do cálcio. Deficiência de vitamina D na infância é responsável por casos de raquitismo com deformidades ósseas e ossos fracos e, nos adultos, causa a temida osteoporose, onde os ossos ficam com baixa densidade, mais fracos e muito mais propensos a fraturas. Aumenta em incidência e importância com a idade e em mulheres pós-menopausa.
            Também tem sido alvo de estudo a participação da vitamina D no equilíbrio de células neuronais, pancreáticas , musculares, controle de doenças cardiovasculares e imnolígicos. Recentemente neurologistas brasileiros tem conseguido excelentes resultados no tratamento da esclerose múltipla, doença neurológica grave, progressiva, usando altas doses de vitamina D. Conseguindo assim sucesso na estabilização da doença.
            Quando se detecta a deficiência de vitamina D no organismo, a mesma deve ser reposta usando preparações de vitamina D disponíveis no mercado e também estimulando a exposição ao sol. Como dito anteriormente, para isso se depende da radiação ultravioleta e deve ser feita sem o uso de filtro solar. Porém o risco de câncer de pele não deve ser esquecido. Expõe-se a pele ao sol sem proteção por 15 a 20min, não precisando ser em trajes de banho, podendo ser com shorts, camisas de mangas curtas e, após esse tempo, usa-se o filtro solar.
            Pacientes considerados de alto risco para câncer de pele ou com história prévia de câncer só devem se expor dessa forma após consulta com dermatologista para autorize. 

domingo, 10 de novembro de 2013

Doença Celíaca - o perigo do Glúten!


            A  doença celíaca é uma doença autoimune e com forte componente genético onde, após ingerir alimentos com glúten, o sistema imunológico reage contra o próprio intestino causando inflamação. O glúten é a principal fração proteica que existe no trigo, centeio, aveia e cevada

 - Forma clássica ou típica
Caracteriza-se pela presença de diarreia crônica, em geral acompanhada de distensão abdominal e perda de peso. Os pacientes também podem apresentar diminuição do tecido celular subcutâneo, atrofia da musculatura glútea, falta de apetite, alteração de humor (irritabilidade ou apatia), vômitos e anemia. Esta forma clínica pode ter evolução grave, conhecida como crise celíaca, que ocorre quando há retardo no diagnóstico e na instituição de tratamento adequado, particularmente entre o primeiro e o segundo anos de vida, sendo frequentemente desencadeada por infecção. Esta complicação potencialmente fatal se caracteriza pela presença de diarreia com desidratação grave, distensão abdominal e desnutrição grave, além de outras manifestações, como hemorragia e tetania.

 - Forma não clássica ou  atípica         
Caracteriza-se por quadro pouco sintomático, em que as manifestações digestivas estão
ausentes ou, quando presentes, ocupam um segundo plano. Os pacientes podem apresentar manifestações isoladas, como, por exemplo, baixa estatura, anemia, osteoporose, hipoplasia do esmalte dentário, artralgias ou artrites, constipação intestinal refratária ao tratamento, atraso da puberdade, irregularidade do ciclo menstrual, esterilidade, abortos de repetição, ataxia, epilepsia (isolada ou associada à calcificação cerebral), problemas neurológicos, manifestações psiquiátricas (depressão, autismo, esquizofrenia), úlcera aftosa recorrente, elevação das enzimas hepáticas sem causa aparente, adinamia, perda de peso sem causa aparente, edema de surgimento abrupto após infecção ou cirurgia e dispepsia não ulcerosa.
 - Forma silenciosa
            Consiste na presença de evidências laboratoriais ou na mucosa intestinal porém na ausência de sintomas.


            O diagnóstico é feito através de exames de sangue, exames endoscópicos e biópsia de mucosa intestinal. O tratamento consiste numa dieta livre de glúten por toda a vida e, se necessário, correção dos déficits nutricionais causados pela perda de absorção.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Endocardite Infecciosa - Infecção no Coração


            Endocardite infecciosa é um infecção muito séria que acomete o endocárdio que é a membrana que faz o revestimento interno do coração e das válvulas cardíacas. Em sua forma mais comum, a endocardite bacteriana, bactérias caem na circulação e vão aderir nas estruturas cardíacas internas causando a infecção.
            Acomete principalmente:

·         Portadores de válvulas cardíacas com defeitos;
·         Portadores de válculas cardíacas artificiais;
·         Defeitos cardíacos congênitos
·         Usuários de drogas ilícitas injetáves
·   Portadores de cateteres venosos profundos de longa permanência.

Os sintomas incluem febre prolongada, aparecimento ou mudança de sopro cardíaco, podem aparecer manchas avermelhadas na pele, perda de peso,  inchaços nas pernas e etc. O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais e cardiológicos  e o tratamento deve ser feito com antibióticos venosos que devem ser iniciados o quanto antes. O tratamento é relativamente longo e o paciente também tem uma internação prolongada. Em alguns casos, a cirurgia de troca valvar ou de uma prótese danificada pela endocardite é necessária.
Outra complicação comum de endocardite é a chamada embolização séptica,  ou seja, na área acometida, tem-se uma colônia de bactérias que formam um aglomerado chamado de vegetação bacteriana e essa vegetação pode soltar pedaços cheios de bactérias que vão causar embolia séptica em outras áreas do corpo.

É de suma importância que  os portadores de válvulas cardíacas artificiais ou com defeitos congênitos ou não, saibam da importância ,  por exemplo, de fazer uso de antibiótico para prevenção de endocardite infecciosa quando for fazer um procedimento dentário. Quando se tem fatores predisponentes para endocardite infecciosa é de suma importância manter uma boa saúde bucal.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Glaucoma


            Glaucoma engloba um grupo de doenças oculares que danificam o nervo óptico e, se não tratados, pode levar a cegueira permanente. Ele acontece quando a pressão do líquido existente dentro do globo ocular aumenta e, progressivamente, comprimindo a estruturas podendo causar lesão permanente e a perda definitiva da visão.
            Existem alguns tipos diferentes de glaucoma:

·         Glaucoma de ângulo aberto: forma mais comum, é crônico e tem um longo período sem sintomas até causar perda progressiva da visão. Normalmente é causado por obstrução a drenagem do líquido existente intraocular;
·         Glaucoma de ângulo fechado: caracterizado por um aumento súbito da pressão intraocular, essa forma é considerada uma emergência oftalmológica e deve ser tratado rapidamento pois, em pouco tempo, pode causar dano irreversível.

Existem ainda os mais raros  glaucoma congênito e o glaucoma secundário. Esse último pode acontecer secundariamente a cirurgias oftalmológicas, catarata avançada, lesões oculares, etc.
Os casos mais comuns, de ângulo aberto, normalmente não tem sintomas por um longo período, se não diagnosticado e tratado, o sintoma mais comum é a perda progressiva de visão periférica (campo visual), culminando uma visão "em túnel" e , posteriormente, à cegueira. A crise de ângulo fechado é mais súbita, envolve dor ocular, aparecimento de halos brilhantes e perda aguda da acuidade visual.

     O diagnóstico é feito pelo oftalmologista e de exames como a medida da pressão intraocular, do exame de campo visual, entre outros. O tratamento envolve medicamentos (normalmente colírios) e cirurgias e devem ser avaliados caso a caso pelo oftalmologista.

sábado, 26 de outubro de 2013

Embolia Pulmonar


            Embolia pulmonar é o súbito bloqueio por um coágulo de uma das artérias pulmonares ou de seus ramos, é uma entidade muito perigosa devido ao risco de morte alto que  representa.
       As artérias pulmonares são de suma importância porque através delas que o  coração consegue mandar o sangue para ser oxigenado nos pulmões. Se elas se obstruem, o sangue não passa pelo pulmões e então não se oxigena e, mesmo sem nenhuma obstrução das vias respiratórias, o paciente sofre com falta de oxigênio.
            A causa mais comum de embolia pulmonar vem de longe, das pernas, é a trombose venosa profunda que consiste na formação de coágulos nas veias das pernas. Se um coágulo ou parte de dele se solta, ele sobe pelas veias, atinge o coração e, ao ser bombeado pelas artérias pulmonares, causa a embolia pulmonar. Outra condição predisponente é um tipo específico de arritmia cardíaca chamada fibrilação atrial, na qual existe o risco de formação de coágulos dentro do coração. Se esses coágulos se formarem dentro do átrio direito, existe o risco dele se soltar e ir para as artérias pulmonares.
            Os sintomas mais comuns são: falta de ar, normalmente súbita e intensa, dor no tórax, tosse podendo haver secreção com sangue e, nos casos mais graves, perda da consciência, coloração azulada dos lábios e pele (cianose) e morte.

            O tratamento normalmente se faz com o suporte respiratório e o uso de anticoagulantes, nos casos mais extremos uma cirurgia para retirar o trombo. O mais importante para se evitar a embolia pulmonar é a prevenção da trombose venosa profunda que usualmente acomete pacientes acamados que não andam e pessoas com condições de risco após vôos longos de avião. A prevenção da trombose se faz com medicações anticoagulantes, uso de meias de compressão e exercícios  nas pernas nas situações de imobilidade forçada. 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Pílula Anticoncepcional


            Os contraceptivos orais (pílula anticoncepcional) é talvez hoje o método anticoncepcional mais comum entre as mulheres. É, sem dúvida, o mais eficaz com taxa de sucesso em torno de 99%.

Como agem?
            A pílula anticoncepcional mais comum é uma combinação de estrógenos e progesterona, ambos hormônios femininos que, tomado da forma correta, engana as glândulas do corpo da mulher e assim inibe a ovulação que é a liberação do óvulo pelos ovários. Para tanto, é necessário que ele seja tomado diariamente, de preferência da mesma hora do dia, respeitando o número de comprimidos na cartela e a pausa recomendada (varia de marca para marca).

            É importante sempre lembrar que a pílula protege APENAS contra uma gravidez indesejada mas jamais protege de uma doença sexualmente transmissível como AIDS, sífilis, gonorreia e outras.

Perigos?
            Sim, como é uma medicação hormonal, a pílula pode provocar alguns distúrbios. Alguns são leves como náuseas, pequenos inchaços, dor em mamas, ganho de peso, crescimento de pelos, alteração da libido (apetite sexual), acne (espinhas), alterações menstruais, aparecimento de secreção vaginal e muitos outros. Porém outros podem ser mais sérios e, dentre eles, destaca-se  o aumento do risco de trombose (sangue coagular dentro das  veias sem que haja corte ou ferimento). Esse risco aumenta bastante quando a pílula se associa ao cigarro e em mulheres acima de 35 anos.
            Outra precaução a ser tomada é quando se tem uma história familiar forte de câncer de mama ou se já apresenta alterações na mamografia. O risco de se tomar um contraceptivo deve ser avaliado pelo ginecologista/mastologista.

O que pode causar perda da eficácia?
            O anticoncepcional pode perder eficácia se não for tomado corretamente, apresentar falhas. Um único dia sem tomar pode representar risco de ovulação e assim, risco de gravidez. Problemas intestinais que cursam com diarreia ou vômitos podem causa perda da absorção do comprimido e, assim, falha na ingestão.
            Existem algumas medicações que também podem atrapalhar a ação da pílula com alguns antibióticos e anticonvulsivantes. Portanto é muito importante avisar seu médico de toda e qualquer medicação usada em conjunto com os anticoncepcionais. Mesmo aquelas medicações mais comuns compradas facilmente sem receita como analgésicos, antigripais, etc.

            É importante sempre ressaltar que anticoncepcional é remédio e que, como tal, tem indicações, contra-indicações, efeitos colaterais e reações adversas. Além disso, o seu uso não torna o sexo seguro, somente o preservativo o faz. Fale SEMPRE com seu médico.  

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

18 de outubro, dia do médico.

Desejo, neste dia, dias melhores na vida de meus colegas, de nossos pacientes e da sáude em geral!
Um abraço e todos os médicos do Brasil.
Fiquem com Deus e boa sorte!
Que estas palavras abaixo não fiquem esquecidas.


Juramento de Hipócrates

"Eu juro, por Apolo médico, por Esculápio, Hígia e Panacea, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: 

Estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes. 

Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. 

A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substãncia abortiva.  

Conservarei imaculada minha vida e minha arte. 

Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam. 

Em toda casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução, sobretudo dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados. 

Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto. 

Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça."

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Ao Mestre com Carinho



             Hoje o tema é não médico, embora sejamos, como todas as classes, dependentes deles. Falo dos professores. Classe linda de profissionais que se dedicam à formação de outros profissionais e cidadãos.
            Tive muitos, desde o ensino fundamental, médio, superior e pós-graduação. Muitos foram comuns, sendo que a atividade "comum" do professor é linda por sí só e outros foram fantásticos, fizeram diferença. Lembro de muitos, acho que quase todos, alguns me metiam medo, outros admiração  e certamente sempre tem aqueles que ficam pra sempre no coração. Em especial,  lembro daqueles que, mesmo sem ser professor de profissão, ou daqueles que até são professores mas em situações onde não tinham a obrigação de sê-lo, tiveram a boa vontade e a dignidade de estender a mão e presentear a mim e outros com seu conhecimento.
            Quero deixar o meu apoio, meus parabéns, minha solidariedade e meu carinho  a essa classe tão desrespeitada por todas as esferas do poder durante tantos anos. Os profissionais de educação merecem muito, certamente muito mais do que tem, não deveriam precisar ir para as ruas e apanhar de polícia para tentar obter algum melhora nas suas condições de trabalho e remuneração.
            Ao mestre com carinho! Um beijo grande a todos os professores!

Fiquem com Deus! 

domingo, 13 de outubro de 2013

Cirugia é pra sempre?

            Hoje com o os procedimentos cardiológicos que visam restabelecer o fluxo num coração que estava com uma ou mais artérias obstruídas, uma pergunta é feita: uma vez feito o procedimento, o problema está resolvido? A resposta é: depende.
            Não podemos nos esquecer dos fatores que levaram ao desenvolvimento da doença aterosclerótica que entupiu artérias do coração que vem a ser pressão alta, fumo, colesterol alto, diabetes, sedentarismo, obesidade, história genética entre outros. Então, mesmo sendo uma ou mais artérias obstruídas reabertas por uma cirurgia ou angioplastia, se não tratarmos e mantivermos os fatores de risco existentes sob controle, não há NADA que impeça o desenvolvimento de novas obstruções nas artérias que foram desobstruídas ou em outras artérias.
            É importante ter em mente que, após um procedimento de desobstrução, resolve-se apenas a obstrução porém  a (s) doença (s) que levaram os evento final que é o entupimento não tem cura, apenas controle. Hoje conta-se com um arsenal terapêutico grande para a manutenção dos fatores de risco controlados: anti-hipertensivos, remédios para o colesterol, remédios que bloqueiam a coagulação do sangue (entre eles a boa e velha aspirina), remédios que fazem o coração funcionar de forma mais devagar e mais econômica entre outros. Tudo isso associado a vida mais saudável, como controle alimentar (consulta numa nutricionista é importante) e atividade física, aumentam e muito a chance de que o procedimento seja eficaz e, principalmente, único. Que nunca mais haja necessidade de procedimentos desse porte.
            A todos que sofreram procedimentos ou tem familiares que sofreram, tenha isso em mente, nada está curado. Se não cuidar, as coisas pode m voltar. Tomar os remédios e cuidar da saúde física e mental faz toda a diferença.

            Um abraço e até a próxima.

domingo, 6 de outubro de 2013

Cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI)


         Como o último texto foi sobre marcapasso, hoje complemento falando sobre o que foi uma grande evolução dos dispositivos implantáveis. Após o desenvolvimento dos marcapassos, que protegem do coração bater devagar demais, arritmias graves, que colocam o paciente em risco de morte súbita (também já falado aqui anteriormente), tiveram sua história modificada com o advento dos cardioversores desfibriladores implantáveis (CDI).
            O que são desfibriladores?
            São dispositivos capazes de descarregar cargas elétricas e, com isso, organizar a atividade elétrica do coração. Eles são aqueles aparelhos que aparecem em filmes que, durante uma parada cardíaca, os médicos colocam as pás no tórax do paciente, vem aquele choque que arqueia o corpo do paciente, e o paciente então revive.
            Anteriormente, tudo dependia do paciente chegar em tempo hábil numa emergência para que houvesse tempo e chance de ser desfibrilado. Com o advento dos desfibriladores implantáveis, um aparelho implantado como um marcapasso, com bateria sob a pele do tórax e com cabos e eletrodos que vão até o coração, é capaz de monitorar o ritmo cardíaco e caso venha uma arritmia potencialmente fatal com possa ser tratada com um choque, ele dá tal choque e com uma taxa de êxito bem grande, consegue reverter para o ritmo normal.

            Claro que um aparelho complexo dessa magnitude não é isento de problemas, existe ainda uma taxa considerável de choques inapropriados e algumas falhas ainda acontecem. Os CDIs também trazem um histórico do que aconteceu, quantos choques foram dados e traz boas informações para que o médico tome as atitudes cabíveis. Sem dúvida, foi uma das grandes invenções médicas e salvam uma quantidade considerável de vidas nos dias atuais.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Marcapassos


Anteriormente neste mesmo blog, falei genericamente sobre arritmias cardíacas. Hoje falarei de uma das formas de se tratar de forma definitiva alguns das formas de arritmias que é o implante de marcapassos cardíacos. Para lembrar, entre as arritmias podemos ter as arritmias rápidas (taquicardias), as lentas (bradicardias) e as irregulares. E algumas delas podem necessitar do implante desses dispositivos para seu tratamento.
O que vem a ser marcapassos?
Como o nome sugere, são dispositivos que servem para garantir o ritmo cardíaco quando este falha em sua forma natural. Eles são mecanismos que sentem as falhas e estimulam eletricamente o coração para que a frequência cardíaca e consequentemente seu desempenho seja mantido.
Quando estão indicados?
Basicamente se indica o marcapasso quando a frequência cardíaca se torna lenta demais (bradicardia) de forma que o coração não consiga manter seu desempenho, quando devido ao tratamento de uma arritmia faz-se um procedimento que deixa o coração bloqueado e portanto devagar demais e quando o paciente não tem uma constância (vai rápido demais e devagar demais), portanto não tolera ficar sem um suporte pra frequência baixa (marca-passo) e nem remédio para frequência alta.
Como é implante?
O procedimento é mais simples do que se imagina, o implante é feito através de uma veia no tórax com cabos que vão até  o coração e uma bateria com uma unidade geradora que fica sob a pele no tórax. Quando a vida útil da bateria está próxima do fim, só se troca a unidade sob a pele.  

O portador de marcapasso tem de tomar alguns cuidados, sendo o principal deles em ambientes magnetizados (aparelhos de ressonância magnética podem desregular ou inativar o marca-passo) e traumas torácicos sobre a bateria que podem danificá-la. No mais, uma vida bem tranquila e com qualidade.     

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Corticosteroides - você tem medo de cortisona?

            Medicação que gera muitas dúvidas e medos em quem tem esse tipo de prescrição, os corticosteroides, ou corticoides, também chamados popularmente de "cortisona" costumam gerar dúvidas e medos em quem tem de submeter-se a esse tratamento.           Quando prescritos, é comum dúvidas aparecerem do tipo "isso não faz mal ao coração?" "Eu tenho diabetes, posso tomar?" "Vicia?" E poucos sabem o que realmente estão tomando.
            Afinal de contas o que são os corticoides? Para responder devemos ter em mente que nós temos nossa produção interna disso pelas nossas glândulas  adrenais e que eles são importantes hormônios que nosso corpo precisa para combater qualquer tipo de estresse e injúria. Porém, em estados de inflamações fortes, agudas ou crônicas, pode ser necessário o uso dessas substâncias para combatê-las. Eles podem ser injetáveis (venosos ou intramusculares), orais ou tópicos (cremes, pomadas, colírios, cremes vaginais, etc) e na maioria das vezes são muito bem tolerados e muito eficazes, principalmente se usados por curtos períodos. Quando são necessários usos mais prolongados e em doses maiores,  aumentam as chances de aparecerem efeitos colaterais.
            Condições comuns de uso dos corticoides incluem: asma, artrites, doenças autoimunes como lúpus, alguns tipos de câncer, eczemas e erupções cutâneas, alergias e infeções respiratórias e tantas outras. As doenças crônicas normalmente exigem uso mais prolongado e as doenças agudas normalmente indicam ciclos curtos.
            Efeitos colaterais comuns dos corticoides incluem: alterações da glicemia (aparecimento ou piora de diabetes já existente), desenvolvimento ou piora de catarata, alteração na disposição da gordura corporal com aumento da gordura em tronco, abdome e face, piora da imunidade, aumento da pressão arterial e ganho de peso.
            Sim, são assustadores, porém isso dificilmente acontece em uso curto dos corticoides e, mesmo nos que usam prolongadamente, não são todos que tem tais efeitos e nem aparecem todos os efeitos. Tudo deve ser pesado pelo médico como risco x benefício do uso crônico de corticosteroides. O uso para afecções mais leves e por curto tempo normalmente só traz benefício, grande alívio nos sintomas inflamatórios e rapidez na melhora clínica do paciente.



domingo, 15 de setembro de 2013

TDAH - Transtorno do Défcit de Atenção e Hiperatividade



            Hoje falarei sobre o Transtorno do Défcit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), transtorno que acomete crianças e adolescentes que, se não tratado, vai para a fase adulta sem controle causando grandes problemas de relacionamentos, danos estudantis e profissionais.
            Normalmente é caracterizado por:
·         Desatenção
·         Hiperatividade
·         Impulsividade
As crianças portadoras de TDAH são descritas normalmente como  crianças que não ficam quietas, que agem sem pensar, que começam mas não terminam as cosias. É mais comum em meninos que meninas e uma estatística americana mostra que afeta 3 a 5% das crianças.
As causas não são conhecidas, como existem vários relatos de casos na mesma família, o aspecto genético pode ser importante.  Para se confirmar o diagnóstico de TDAH uma avaliação profissional é necessária para o tratamento específico ser instituído. O tratamento psicológico do portador de TDAH se faz muito importante, uma vez que auxilia o paciente a estabelecer estratégias de lida com as principais dificuldades, nesse sentido a terapia cognitivo comportamental se mostra como sendo a mais efetiva nesse processo. Porém em muitos casos há a necessidade da implementação do tratamento medicamentoso concomitantemente com a psicoterapia para que haja um resultado mais efetivo, principalmente nos casos onde os sintomas são mais severos e há prejuízo em várias esferas da vida do sujeito.

Uma estrutura familiar, escolar e terapêutica podem ajudar demais a vencer os transtornos causados pelo TDAH.

sábado, 7 de setembro de 2013

Câncer de Testículo


            Os testículos são os órgãos sexuais masculinos que produzem o hormônio sexual (testosterona) e o esperma. Localizam-se na bolsa escrotal logo atrás do pênis e, como praticamente todo o corpo, também podem ser alvo de câncer.
            Este tipo de câncer usualmente afeta homens jovens, entre 20 e 39 anos, e é ainda mais frequentes nos  homens que:

·          Tiveram desenvolvimento testicular anormal;
·         Tem o testículo retido (não desceu para bolsa escrotal no          desenvolvimento);
·          Tem história de câncer na família.
·          Traumas testiculares

O sintoma mais comum é o aparecimento de nódulo duro, indolor, mas ao apalpar qualquer massa que não existia antes um médico deve ser procurado imediatamente. Deve-se ficar atento também à dor, aumento dos testículos, dor imprecisa na parte inferior do abdomem, sangue na urina e aumento da sensibilidade dos mamilos.
Os  principais fatores de risco são: história familiar deste tumor, lesões e traumas na bolsa escrotal e a criptorquidia (testículo que não desceu). A prevenção é feita através do auto-exame da bolsa escrotal que deve ser realizado mensalmente. A detecção precoce é importante  pois torna o câncer testicular bastante curável e o diagnóstico é feito normalmente pelo urologista através do exame físico, exames de imagem, laboratoriais e da biópsia.
O tratamento é através de cirurgia e , dependendo da gravidade, do grau de invasão, presença ou não de metástases, pode –se indicar quimioterapia ou radioterapia ou ambos.

Fiquemos atentos!

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Síndorme dos Ovários Policísticos



            A Síndrome do Ovário Policístico ocorre quando o ovário ou as glândulas suprarrenais da mulher produzem mais hormônios masculinos que o normal. Isso promove o aparecimento dos cistos ovarianos e das outras características dessa síndrome que pode ter como sintomas:

·         Infertilidade
·         Dor pélvica
·         Aparecimento de pelos em face, tórax, abdome, dedos, etc.
·         Calvície ou queda de cabelo
·         Placas de pele mais grossa negras ou marons
·         Acne, pele oleosa ou caspa
·         Irregularidade menstrual
·         Ganho de peso

Mulheres obesas tem mais chance de ter ovários policísticos e portadoras da síndrome tem mais chance de desenvolve diabetes, hipertensão, síndrome metabólica e doenças cardíacas. O uso de pílula anticoncepcional ajuda a regularizar o ciclo menstrual, a reduzir os níveis de hormônio masculino e a limpar a acne e outras medicações podem ajudar a controlar os problemas associados como distribuição irregular de pelos, níveis altos de colesterol, diabetes, hipertensão e etc.
O diagnóstico vem pelo conjunto de sinais e sintomas, o exame ultrassonográfico mostra os ovários normalmente aumentados de tamanho e com múltiplos cistos e exames laboratoriais que mostram as alterações hormonais (aumento do hormônio masculino, aumento do hormônio luteinizante, diminuição do hormônio folículo estimulante, aumento do colesterol, aumento da secreção de insulina e resistência à insulina).
Não há cura para a síndrome do ovário policístico, o apoio multidisciplinar com endocrinologista, ginecologista , cardiologista e nutricionista é importante para o controle dos problemas associados. A infertilidade muitas vezes exige o tratamento com médico especialista em medicina reprodutiva.  Atividade física, perda de peso, alimentação saudável tem um impacto significativo no sucesso do tratamento.
Fale com seu médico.

      

domingo, 25 de agosto de 2013

Doença Inflamatória Pélvica - DIP


      A doença inflamatória pélvica (DIP) é uma infecção e inflamação que acomete ovários, útero e os outros órgãos reprodutores femininos. Tem importância porque podem levar a dano no sistema reprodutor feminino e consiste em grande causa de infertilidade
            A DIP, além de infertilidade, pode causar gravidez ectópica (implante do embrião fora do útero – não tem como progredir), abscessos, dor pélvica e outros problemas. É a maior causa que se pode prevenir de infertilidade.
            A mulher é considerada de maior risco para DIP se:

·         Vida sexual ativa e menor de 25 anos
·         Mais que um parceiro sexual
·         Uso de duchas

       Algumas mulheres não tem sintomas, outras tem dor pélvica, secreção vaginal (corrimento vaginal), dor durante o ato sexual ou para urinar (ou ambos) e sangramento irregular . Gonorreia e clamídia, duas doenças sexualmente transmissíveis, são as principais causas de DIP porém outras bactérias também podem causa-la. O diagnóstico é feito através do exame físico, exames laboratoriais e exames de imagem  e o tratamento com antibióticos pode curar. 
           O tratamento precoce é importante pois diminui as chances de sequelas que levam à infertilidade. O uso do preservativo é importante arma na prevenção da DIP causada por doenças sexualmente transmissíveis.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Câncer de Bexiga



        A bexiga é o órgão responsável pelo armazenamento da urina já produzida até ser eliminada do organismo e pode ser a sede de alguns tipos de câncer sendo mais comum do que se imagina. Fatores de risco incluem, além do cigarro, a exposição de alguns agentes químicos, história familiar de câncer de bexiga, idoso masculinos e brancos estão sob maior risco. É um tipo de câncer bastante relacionado ao hábito de fumar (assim como tantos outros) e o tumor se origina na parede da bexiga e podem ser de três tipos:

Carcinoma de células de transição: representa a maioria dos casos e começa nas células do tecido mais interno da bexiga.

Carcinoma de células escamosas: afetam as células delgadas e planas que podem surgir na bexiga depois de infecção ou irritação prolongadas.

Adenocarcinoma: se inicia nas células glandulares (de secreção)  que podem se formar na bexiga depois de um longo tempo de irritação ou inflamação.

Quando o câncer se limita ao tecido de revestimento da bexiga, é chamado de superficial. O câncer que começa nas células de transição pode se disseminar através do revestimento da bexiga, invadir a parede muscular e disseminar-se até os órgãos próximos ou gânglios linfáticos, transformando-se num câncer invasivo.
            Sintomas comuns constituem sangramentos na urina, dor lombar baixa e urgência para urinar (sintomas comuns também em infecções urinárias e cálculos). O diagnóstico é feito por exames de imagem como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética e pela cistoscopia que é invasiva e a coleta de  material para biópisa.

            O tratamento é feito atrevés de cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia biológica (essa visa aumentar a capacidade do seu organismo e combater o câncer).

sábado, 17 de agosto de 2013

Cancer de Tireóide


       Muito se fala sobre alguns cânceres que até já falei aqui no blog como o câncer de mama, de colo de útero e de próstata. São doenças de grande incidência e que são grandes causas de mortalidade de mulheres e homens respectivamente. Hoje, porém, falaremos de um tipo de câncer pouco falado, o de tireóide. Ele é mais comum em mulheres e sua incidência começa a aparecer ainda em  jovens.
            A suspeita de câncer de tireóide começa quando é encontrado um nódulo na tireóide por um exame de ultrassom. À partir daí começam os procedimentos para definir o diagnóstico se são nódulos benignos ou malignos. A imensa maioria dos nódulos é benigna e os mais comuns são:

- Nódulo coloide: são tumores benignos formados por tecido idêntico ao da tireoide. Podem ser únicos ou múltiplos.

- Adenoma folicular: também é um tipo de tumor benigno da tireoide. Normalmente solitário, o adenoma folicular pode produzir hormônios tireoidianos de forma independente, sendo chamado de adenoma tóxico.


- Cisto da tireoide: são os nódulos que contém líquido no seu interior. A imensa maioria dos cistos da tireoide é benigna, porém, alguns cistos que apresentam uma mistura de material sólido e líquido, chamados de cistos complexos, podem ser na verdade um câncer de tireoide.


- Nódulo inflamatório: é um nódulo que se desenvolve devido a uma inflamação da glândula tireoide (tireoidite). Também é um nódulo que não é câncer.


- Bócio multinodular: é uma tireoide com múltiplos nódulos que podem variar de tamanho, desde alguns milímetros até vários centímetros. Quando estes múltiplos nódulos são funcionantes, ou seja, capazes de produzir hormônio tireoidiano, chamamos a doença de bócio multinodular tóxico , sendo esta, depois da doença de Graves, a principal causa de hipertireoidismo.


- Câncer de tireoide: geralmente são nódulos únicos, sólidos, bem aderidos a tireoide, de rápido crescimento e não produtores de hormônios. É comum haver a presença de linfonodos palpáveis no pescoço associados ao nódulo maligno.



            O câncer de tireóide é bastante tratável se detectado no início sendo o tratamento podendo incluir cirurgia (retirada da tireóide), quimioterapia, radioterapia ou tratamento hormonal e não deve tardar.