sexta-feira, 29 de março de 2013

Disfunção erétil




            Disfunção erétil é quando o homem tem dificuldades em ter ou manter uma ereção capaz de promover uma relação sexual satisfatória. Embora seja mais comum conforme a idade, ficar idoso não é igual a ter disfunção erétil. Uma queda natural no vigor físico e do desejo sexual é esperada com a idade e, portanto, importante que o homem fale com seu médico quando apresentar problemas de disfunção erétil, pois podem haver causas físicas, medicamentosas, reversíveis e psicológicas para o quadro.
            O corpo do pênis é formado principalmente pelos corpos cavernosos e , para que haja a ereção, é necessário que estes se encham de sangue. Daí já presumimos que para ereções satisfatórias, seja fundamental que a circulação sanguínea na região esteja em ordem. Outra coisa importante é que a sensibilidade da área não esteja afetada por problemas neurológicos.
            Como causas físicas comuns de disfunção erétil temos: hipertensão, colesterol alto, diabetes, abuso de álcool e drogas, tabagismo, sedentarismo, lesões traumáticas de coluna, esclerose múltipla e outras doenças neurológicas e tratamento de câncer de próstata incluindo aí a radioterapia e a remoção cirúrgica da próstata. Um pequeno número de homens tem disfunção erétil por conta de queda na produção de testosterona e um número considerável de homens a apresentam por conta de problemas emocionais e psicológicos.
            Hoje em dia, as drogas no mercado para disfunção erétil obtém  excelente resultado tanto para os que tem algum grau de doença vascular e também para aqueles cuja causa maior é psicológica. Mas há de se tomar cuidado, não usá-las sem orientação médica pois nem todos podem tomá-las, existem interações medicamentosas capazes de levar inclusiva à morte e  condições cardiológicas que tornam muito perigoso seu uso.
            Por vezes, medicações de uso crônico do paciente tem como efeito colateral redução da libido e dificuldade de ereção e somente a suspensão e/ou substituição dessas drogas podem ser suficientes para restabelecer o desempenho sexual do homem. Notem que mesmas coisas que levam a doenças cardiológicas podem levar a disfunção erétil também, portanto medidas de vida mais saudáveis podem melhorar a vida em TODOS os sentidos. Fiquem atentos e sejam felizes. 

terça-feira, 26 de março de 2013

Mal de Alzheimer



A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência envolvendo pessoas idosas, é uma doença silenciosa que lentamente destrói a memória, o pensamento e algumas vezes impede o paciente de realizar as mais simples e quotidianas tarefas.             Estudos tem mostrado que as alterações cerebrais podem começar a acontecer cerca de uma década antes dos sintomas aparecerem, existem depósitos de proteína  em áreas do cérebro relacionadas à memória, ao pensamento e os neurônios começas a funcionar mal e podem vir a morrer.
            Não existe cura para a doença de Alzheimer, porém medicações podem controlar a progressão da doença por tempo limitado e pode se manifestar em fases: primeiro vem a fase assintomática porém já com lesões cerebrais em andamento, depois vem o déficit cognitivo leve com perda de memória recente principalmente e por fim, na fase mais avançada, vem a demência manifesta com grande perda cognitiva, capacidade de vida de relação e dificuldade de realizar tarefas simples.
            É importante o diagnóstico preciso para tratamento adequado para poder diferenciar o mal de Alzheimer de outras causas de demência em idosos que podem ser:
·         Deficiência de vitamina B12
·         Efeito colaterais de medicações
·         Doença circulatória cerebral
·         Efeitos de alcoolismo
·         Tumores e infecções no cérebro
·         Algumas doenças do rim, tireóide  ou hepáticas
A doença é debilitante e pode causar profundas alerações comportamentais na pessoa acometida, incluindo agressividade, depressão e ansiedade, o que muitas vezes ocasiona transtornos familiares imensos. O cuidado familiar é importantíssimo inclusive para que se evitem acidentes (quedas, gás de cozinha, produtos químicos, ficar perdido na rua, instrumentos pérfuro-cortantes, etc) e uma mobilização, muitas vezes com profissionais de apoio se impõe na maioria dos casos.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Acidente Vascular Cerebral (AVC)



            Assunto em pauta devido ao falecimento de um famoso cantor brasileiro, o acidente vascular cerebral (AVC) é importante causa de mortalidade ou de perda de vida produtiva na população mundial.
            São dois tipos de AVC: o isquêmico, que é quando falta irrigação sanguínea para determinada área do cérebro e essa área tem morte de neurônios (células funcionais do cérebro) e o hemorrágico que é quando um vaso sanguíneo se rompe e ocorre um derramamento de sangue dentro do cérebro.
            Ambos os tipos tem como característica o início de sintomas neurológicos de forma súbita, ou seja, a pessoa está muito bem e, de repente, apresenta um sintoma neurológico como paralisia de um ou mais membros, dor de cabeça, perda de consciência, boca entorta, formigamentos, perda de força em algum segmento do corpo, desorientação , perda de habilidade para falar e/ou escrever, etc. É uma gama muito grande de sintomas que vai depender da área cerebral que está em sofrimento.
            São comuns, quando não levam à morte, deixarem sequelas que muitas vezes desabilitam a pessoa para uma vida útil produtiva e até mesmo para uma vida de relação normal. Portanto devem ser prevenidos. Os fatores que levam ao AVC normalmente são os mesmos que levam ao infarto e outras doenças cardiovasculares: hipertensão, diabetes, tabagismo, sedentarismo, colesterol elevado, etc. O tipo hemorrágico pode ser também precipitado por malformações vasculares como aneurismas cerebrais.
            Tratar os fatores predisponentes reduzem bastante a incidência de AVC e, uma vez instalado, a velocidade com que se chega no hospital e se inicia o tratamento pode fazer a diferença entre viver e morrer ou ter uma sequela grave ou não.  Para o tipo isquêmico, existem medicações que, administradas nas primeiras horas do quadro, podem reverter a evolução do problema e o tipo hemorrágico, às vezes, cirurgias que corrigem o aneurisma e/ou drenagem do sangue derramado dentro do cérebro pode fazer a diferença também para a sobrevivência e vida futura do paciente.      
            A prevenção é sempre mais fácil, mais barata e mais saudável e o tratamento que  muitas vezes é difícil, deve ser iniciado o mais depressa possível. Vale ressaltar que muitas sequelas deixadas por um AVC num primeiro momento, conseguem ser melhoradas com fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Lúpus



         Existe um grupo de doenças que fazem parte de uma faixa especial dentro da medicina que são as doenças auto-imunes. São doenças que se caracterizam por agressões causadas por nossos anticorpos a nossas próprias estruturas. Dentro desse grupo uma se destaca pela capacidade de causar danos a, potencialmente, todo o corpo: o lúpus eritematoso sistêmico.É uma doença que, por poder atingir quase todos os órgãos do organismo, tem sintomas muito variados e por isso muitas vezes de difícil diagnóstico.
     Sintomas comuns costumam ser o acometimento de articulações (com dor e inflamação), dor muscular, febre de causa indeterminada e erupções cutâneas. Com a progressão da doença, pode haver acometimento renal, cardiológico, e outros órgãos e sistemas.
     A causa do lúpus, o que a desencadeia, permanece desconhecido. Sabe-se que o sistema imune por algum motivo começa a fabricar anticorpos contra nossas próprias células e esses anticorpos que são usados para confirmar o diagnóstico. Ela ataca mais mulheres que homens e existe uma variante chamada lúpus eritematoso discoide que só ataca a pele e não costuma evoluir com formas mais graves.
            Não há cura para o lúpus, as medicações costumam manter a doença sob controle e mudanças no estilo de vida também tem importante papel quando ser passa a conhecer fatores que desencadeiam crises. As medicações visam, normalmente, arrefecer o sistema imune e a inflamação causada pela sua atuação.
            É uma doença grave que pode levar a morte pelo acometimento de órgãos vitais como coração e rim além de infecções e complicações do próprio tratamento. Deve ser combatida seriamente e, quanto mais cedo o diagnóstico, melhor. 

quinta-feira, 14 de março de 2013

Esclerose Múltipla



            Ontem eu li a notícia que um ex-integrante de uma banda que eu gostava na adolescência (década de 80) faleceu de uma doença ingrata: a esclerose múltipla.
     A esclerose múltipla é um doença grave que afeta o sistema nervoso central atacando a bainha de mielina (membrana que envolve e protege as células nervosas). Com essa injúria, ela culmina em lentificar e até bloquear a passagem dos impulsos nervosos do cérebro para o restante do corpo.
       Com isso os sintomas podem ser: fraqueza e paralisia muscular, distúrbios visuais, dificuldade de equilíbrio e coordenação motora, alterações de sensibilidade como dormência , formigamentos e sensação de ser pinicado por agulhas e alfinetes. Também pode acontecer problemas cognitivos com dificuldade de raciocínio e memória.
      A causa da esclerose múltipla ainda permanece incerta, sendo a mais provável e aceita a auto-imunidade (quando o sistema imunológico reage contra estruturas do nosso próprio corpo causando inflamação e prejuízo da função do órgão ou sistema envolvido), atinge mais mulheres que homens e seu início se dá usualmente entre as idades de 20 a 40 anos de idade. Ela pode ser leve mas tem formas graves que podem levar o paciente a perder a capacidade de escrever, falar ou andar e as complicações respiratórias constituem a causa mais comum de morte desses pacientes.
            Não há cura, porém medicamentos, fisioterapia e terapia ocupacional podem retardar bastante a progressão da doença e é de suma importância o acompanhamento médico rigoroso, a adesão total ao tratamento e a participação a ajuda de familiares para que o portador de esclerose múltipla  tenha maior sobrevida com a melhor qualidade de vida possível.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Diabetes



            O diabetes é uma doença endocrinológica caracterizada pela falência do pâncreas em prover a secreção adequada de insulina para o organismo ou quando o organismo é resistente a ação da insulina produzida ou os dois combinados. A maior característica do diabetes que define o seu diagnóstico é a elevação da glicose no sangue, sendo este normalmente o primeiro sinal de alerta.
            Para o tratamento adequado faz-se necessário uma rigorosa dieta, atividade física e, dependendo do tipo e gravidade, insulina, medicamentos ou ambos combinados. Ficando à critérios do endocrinologista (especialista responsável pelo tratamento do diabetes) a escolha do melhor regime de tratamento para cada paciente.
            Mas por que é tão importante tratar? O que o diabetes causa no organismo? A glicose elevada é apenas a ponta do iceberg e nos indica que o tratamento precisa ser melhorado. É uma doença de início silencioso que pode, virtualmente, atacar o corpo todo. Dentre as coisas mais importantes destaca-se: risco cardiológico (pacientes diabéticos estão sob risco aumentado de desenvolver doenças cardiológicas incluindo infartos do miocárdio), danos vasculares (pacientes diabéticos tem maior propensão a desenvolver doença nas artérias que acabam por fechá-las, levando, inclusive, a amputação de membros, gangrenas, etc), danos oftalmológicos (o diabetes é a maior causa de catarata que pode levar à cegueira, além de doença vascular da retina que também pode causar cegueira), danos renais (o diabetes é a maior causa de insuficiência renal terminal, que pode prender o paciente à hemodiálise e ter necessidade de transplante renal.), neuropatia diabética (dano neurológico que compromete a sensibilidade e capacidade de movimentação, causa frequente de feridas por não ter sensibilidade ao ferir-se e de dores espontâneas muito limitantes) e imensa dificuldade de sanar cicatrização.
            Infelizmente para os portadores, todas essas complicações muitas vezes não dão sintomas enquanto se desenvolvem e quando um sintoma aparece, o dano já está irreversível e levando a condições perigosas que comprometem a longevidade e/ou a qualidade de vida e de produção do diabético.
            Para tratar, além da medicação em si, é necessária toda uma revisão dos hábitos de vida. Com ajuda de profissionais médicos, nutricionistas, educadores físicos e às vezes de psicoterapia, conduzir a vida de uma forma mais saudável em todas as seus aspectos. Quando bem controlado, o paciente diabético tem uma vida normal, com qualidade, prazer e pode ser longevo.
            A escolha é de cada um! Fale com seu  médico! 






sexta-feira, 1 de março de 2013

Hipotireoidismo


            A tireóide é um glândula localizada na parte anterior do pescoço que tem por função secretar hormônios que controlam praticamente todo o nosso metabolismo. Quando temos redução da função tireoidiana estabelece-se um quadro de hipotireoidismo.
            Existe duas formas de hipotireoidismo: o adquirido e o congênito, sendo este último detectado no teste do pezinho nos recém-nascidos. A forma adquirida acontece quando uma pessoa nasce com a tireóide normal e, por algum motivo, em alguma época da vida ela deixa de funcionar corretamente reduzindo sua secreção de hormônios. As principais causas de hipotireoidismo são as tireoidites (inflamações da tireóide causadas pelo próprio sistema imunológico), tratamento com iodo radioativo por HIPERtireoidismo, retirada cirúrgica da glândula devido a nódulos e tumores, radioterapia na região do pescoço e cabeça e hipotireoidismo induzido por drogas como lítio e amiodarona. No passado a carência de iodo era um fator importante que causava, além de grave perda de função, um grande aumento da tireóide chamado bócio e hoje, com a adição de iodo no sal, essa causa reduziu bastante. 
            Os sintomas de hipotireoidismo são variáveis, que podem ir de nenhum sintoma (descoberto exclusivamente por achado laboratorial) até sintomas mais claros como ganho de peso, queda de cabelo, unhas quebradiças, redução da atividade metabólica causando apatia e desânimo, aparecimento ou piora de níveis de pressão arterial, colesterol e glicose, fadiga, intolerância ao frio,  pele seca e, em estágios mais avançados, pode chegar a perda de paladar e olfato, rouquidão, apatia extrema, fala lenta e arrastada, inchaço das mãos, pálpebras e, nos extremos, pode chegar ao coma. Vale ressaltar que muitas pessoas tem um ou alguns desses sintomas sem que sejam portadores de hipotireoidismo.
            É um distúrbio bem mais prevalente em mulheres e pessoas acima de 50 anos e o tratamento consiste na reposição do hormônio tireoidiano, facilmente encontrado em qualquer farmácia.
          Na grande maioria das vezes é assintomático ou tem sintomas muito leves porém ele pode ser causa de insucesso no tratamento de doenças como hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto e ser causa de ganho ou insucesso em perder peso. Dessa forma ele deve ser tratado também pela interferência no tratamento de outros órgãos e sistemas.  O médico indicado para o acompanhamento dos distúrbios de tireóide é o endocrinologista porém a solicitação dos hormônios que são usados para diagnóstico e acompanhamento é comumente feita por vários outros profissionais como cardiologista, clínico geral e ginecologista.
            Fale com seu médico!