quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Pancreatite - você conhece?

                  O pâncreas é uma glândula localizada atrás do estômago e muito perto da primeira porção do intestino delgado. Tem uma função mista, atuando tanto na digestão dos alimentos com o suco pancreático liberado no intestino  tanto no controle dos níveis de glicose no sangue com a secreção de insulina e glucagon no sangue. 
            A pancreatite é a inflamação do pâncreas causado, normalmente, pela ativação das enzimas digestivas pancreáticas ainda dentro do pâncreas. Ela pode ser aguda ou crônica e as duas formas são sérias e com potencial grande para complicar.
            A pancreatite aguda é de início súbito e com cura completa normalmente após alguns dias de tratamento. A causa mais comum são cálculos da vesícula que migram e vão obstruir o ducto de saída do pâncreas. O sintoma mais comum é a dor abdominal , usualmente de forte intensidade,  náuseas e vômitos. O tratamento inclui uma dieta rigorosa, hidratação venosa e , por vezes, antibióticos. A internação hospitalar é mandatória.

            A pancreatite crônica não cura, vai piorando ao longo dos anos e deixa dano permanente. A causa mais comum é o alcoolismo mas também pode ser causada por fibrose cística, altos níveis de triglicerídeos  ou cálcio no sangue além de doenças autoimunes. Os sintomas incluem náuseas, vômitos, perda de peso, fezes gordurosas. O tratamento das crises incluem internação, dias de dieta muito restrita, hidratação venosa e, depois disso, o paciente pode ter de tomar enzimas, uma dieta bastante específica e é de suma importância que pare de beber e fumar.

domingo, 17 de novembro de 2013

Vitamina D


            A vitamina D tem sido extremamente estudada recentemente pela medicina e tem crescido em importância nos últimos anos. Sua reposição e medidas para manter seus níveis normais tem sido alvo de esforços tanto dos pacientes quanto dos profissionais de saúde.
            As principais fintes alimentares de vitamina D são os óleos de fígado de peixes e produtos derivados do leite. Assim, a ingesta desses alimentos, principalmente laticíneos, constituem a principal fonte dessa vitamina. Mas nosso organismo também produz a vitamina D, ela se encontra principalmente na pele numa forma de pró-vitamina D e depend da exposição ao sol (com raios ultravioleta) para sua conversão na forma ativa de vitamina D  (vitamina D3) e, assim, poder ser absorvida e aproveitada pelo organismo.
            E para que serve a vitamina D?
            Os cientistas estão cada vez descobrindo mais usos e utilidades para a vitamina D, sendo sua função mais conhecida acontece no equilíbrio mineral do organismo principalmente do cálcio. Deficiência de vitamina D na infância é responsável por casos de raquitismo com deformidades ósseas e ossos fracos e, nos adultos, causa a temida osteoporose, onde os ossos ficam com baixa densidade, mais fracos e muito mais propensos a fraturas. Aumenta em incidência e importância com a idade e em mulheres pós-menopausa.
            Também tem sido alvo de estudo a participação da vitamina D no equilíbrio de células neuronais, pancreáticas , musculares, controle de doenças cardiovasculares e imnolígicos. Recentemente neurologistas brasileiros tem conseguido excelentes resultados no tratamento da esclerose múltipla, doença neurológica grave, progressiva, usando altas doses de vitamina D. Conseguindo assim sucesso na estabilização da doença.
            Quando se detecta a deficiência de vitamina D no organismo, a mesma deve ser reposta usando preparações de vitamina D disponíveis no mercado e também estimulando a exposição ao sol. Como dito anteriormente, para isso se depende da radiação ultravioleta e deve ser feita sem o uso de filtro solar. Porém o risco de câncer de pele não deve ser esquecido. Expõe-se a pele ao sol sem proteção por 15 a 20min, não precisando ser em trajes de banho, podendo ser com shorts, camisas de mangas curtas e, após esse tempo, usa-se o filtro solar.
            Pacientes considerados de alto risco para câncer de pele ou com história prévia de câncer só devem se expor dessa forma após consulta com dermatologista para autorize. 

domingo, 10 de novembro de 2013

Doença Celíaca - o perigo do Glúten!


            A  doença celíaca é uma doença autoimune e com forte componente genético onde, após ingerir alimentos com glúten, o sistema imunológico reage contra o próprio intestino causando inflamação. O glúten é a principal fração proteica que existe no trigo, centeio, aveia e cevada

 - Forma clássica ou típica
Caracteriza-se pela presença de diarreia crônica, em geral acompanhada de distensão abdominal e perda de peso. Os pacientes também podem apresentar diminuição do tecido celular subcutâneo, atrofia da musculatura glútea, falta de apetite, alteração de humor (irritabilidade ou apatia), vômitos e anemia. Esta forma clínica pode ter evolução grave, conhecida como crise celíaca, que ocorre quando há retardo no diagnóstico e na instituição de tratamento adequado, particularmente entre o primeiro e o segundo anos de vida, sendo frequentemente desencadeada por infecção. Esta complicação potencialmente fatal se caracteriza pela presença de diarreia com desidratação grave, distensão abdominal e desnutrição grave, além de outras manifestações, como hemorragia e tetania.

 - Forma não clássica ou  atípica         
Caracteriza-se por quadro pouco sintomático, em que as manifestações digestivas estão
ausentes ou, quando presentes, ocupam um segundo plano. Os pacientes podem apresentar manifestações isoladas, como, por exemplo, baixa estatura, anemia, osteoporose, hipoplasia do esmalte dentário, artralgias ou artrites, constipação intestinal refratária ao tratamento, atraso da puberdade, irregularidade do ciclo menstrual, esterilidade, abortos de repetição, ataxia, epilepsia (isolada ou associada à calcificação cerebral), problemas neurológicos, manifestações psiquiátricas (depressão, autismo, esquizofrenia), úlcera aftosa recorrente, elevação das enzimas hepáticas sem causa aparente, adinamia, perda de peso sem causa aparente, edema de surgimento abrupto após infecção ou cirurgia e dispepsia não ulcerosa.
 - Forma silenciosa
            Consiste na presença de evidências laboratoriais ou na mucosa intestinal porém na ausência de sintomas.


            O diagnóstico é feito através de exames de sangue, exames endoscópicos e biópsia de mucosa intestinal. O tratamento consiste numa dieta livre de glúten por toda a vida e, se necessário, correção dos déficits nutricionais causados pela perda de absorção.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Endocardite Infecciosa - Infecção no Coração


            Endocardite infecciosa é um infecção muito séria que acomete o endocárdio que é a membrana que faz o revestimento interno do coração e das válvulas cardíacas. Em sua forma mais comum, a endocardite bacteriana, bactérias caem na circulação e vão aderir nas estruturas cardíacas internas causando a infecção.
            Acomete principalmente:

·         Portadores de válvulas cardíacas com defeitos;
·         Portadores de válculas cardíacas artificiais;
·         Defeitos cardíacos congênitos
·         Usuários de drogas ilícitas injetáves
·   Portadores de cateteres venosos profundos de longa permanência.

Os sintomas incluem febre prolongada, aparecimento ou mudança de sopro cardíaco, podem aparecer manchas avermelhadas na pele, perda de peso,  inchaços nas pernas e etc. O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais e cardiológicos  e o tratamento deve ser feito com antibióticos venosos que devem ser iniciados o quanto antes. O tratamento é relativamente longo e o paciente também tem uma internação prolongada. Em alguns casos, a cirurgia de troca valvar ou de uma prótese danificada pela endocardite é necessária.
Outra complicação comum de endocardite é a chamada embolização séptica,  ou seja, na área acometida, tem-se uma colônia de bactérias que formam um aglomerado chamado de vegetação bacteriana e essa vegetação pode soltar pedaços cheios de bactérias que vão causar embolia séptica em outras áreas do corpo.

É de suma importância que  os portadores de válvulas cardíacas artificiais ou com defeitos congênitos ou não, saibam da importância ,  por exemplo, de fazer uso de antibiótico para prevenção de endocardite infecciosa quando for fazer um procedimento dentário. Quando se tem fatores predisponentes para endocardite infecciosa é de suma importância manter uma boa saúde bucal.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Glaucoma


            Glaucoma engloba um grupo de doenças oculares que danificam o nervo óptico e, se não tratados, pode levar a cegueira permanente. Ele acontece quando a pressão do líquido existente dentro do globo ocular aumenta e, progressivamente, comprimindo a estruturas podendo causar lesão permanente e a perda definitiva da visão.
            Existem alguns tipos diferentes de glaucoma:

·         Glaucoma de ângulo aberto: forma mais comum, é crônico e tem um longo período sem sintomas até causar perda progressiva da visão. Normalmente é causado por obstrução a drenagem do líquido existente intraocular;
·         Glaucoma de ângulo fechado: caracterizado por um aumento súbito da pressão intraocular, essa forma é considerada uma emergência oftalmológica e deve ser tratado rapidamento pois, em pouco tempo, pode causar dano irreversível.

Existem ainda os mais raros  glaucoma congênito e o glaucoma secundário. Esse último pode acontecer secundariamente a cirurgias oftalmológicas, catarata avançada, lesões oculares, etc.
Os casos mais comuns, de ângulo aberto, normalmente não tem sintomas por um longo período, se não diagnosticado e tratado, o sintoma mais comum é a perda progressiva de visão periférica (campo visual), culminando uma visão "em túnel" e , posteriormente, à cegueira. A crise de ângulo fechado é mais súbita, envolve dor ocular, aparecimento de halos brilhantes e perda aguda da acuidade visual.

     O diagnóstico é feito pelo oftalmologista e de exames como a medida da pressão intraocular, do exame de campo visual, entre outros. O tratamento envolve medicamentos (normalmente colírios) e cirurgias e devem ser avaliados caso a caso pelo oftalmologista.