domingo, 28 de setembro de 2014

Anti-inflamatórios



           Medicações que são extremamente comuns com uso muito difundido, os anti-inflamatórios são tidas muitas vezes como medicações que podem ser usadas sem nenhum problema. Eles podem ser de dois tipos: os esteróides (já descritos aqui, ver: http://alexamorim73.blogspot.com.br/2013/09/corticosteroides.html ) e os não-esteróides que são os de uso mais comum. Hoje vou falar aqui sobre os não-esteróides e também de alguns riscos dessa classe de medicação.
            Para entender melhor, explicaremos de forma simplificada como essas medicações funcionam. Quando existe uma injúria (que pode ser física, química, biológica, imunológica, etc) o corpo produz algumas substâncias que promovem a inflamação e com isso os sintomas clássicos dela: dor, calor, vermelhidão, inchaço, febre, etc. Os anti-inflamatórios agem impedindo a produção dessas substâncias e, com isso, aliviando estes sintomas.
            Essas substâncias, porém, agem em outras partes do corpo em mecanismos que são importantes para o bom funcionamento do nosso corpo e o uso dos anti-inflamatórios pode prejudicar o funcionamento e com isso provocar problemas sérios. O mais comum e conhecido efeito colateral é a agressão gástrica, o uso dos anti-inflamatórios pode causar gastrite, agravar gastrite existente, provocar úlcera e sangramentos digestivos. Além disso, os rins podem sofrer com a administração prolongada e uma insuficiência renal pode aparecer. Na minha vida clínica já vi alguns hipertensos controladas terem suas pressões alteradas pelo uso de anti-inflamatórios e até pessoas que não são hipertensas terem suas pressões alteradas per essas drogas.

            É importante ressaltar que o uso curto normalmente não traz nenhum problema porém e, conforme o uso se prolonga, os efeitos colaterais vão aparecendo e a interrupção da medicação pode ser mandatória.  

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

O impacto medido de uma vida saudável


             Estudo publicado no Journal of the American College of Cardiology medindo o impacto de uma vida saudável (dieta, exercícios e controle de fatores de risco) na incidência de infartos do miocárdio em homens. Nesse estudo 20.761 homens foram acompanhados desde 2009 sendo esses homens com história de câncer, hipertensão, diabetes, doença cardiovascular e colesterol alto. Foram separados então pela adoção dos seguintes fatores de vida saudável: dieta saudável, não fumar, baixo consumo de álcool, atividade física regular e ausência de adiposidade abdominal (a gordura visceral explicada alguns textos atrás).



            Durante o acompanhamento acontecerem 1.361 casos de infartos do miocárdio e os resultados, variando entre os que adotaram de 0 aos 5 fatores de baixo risco, foram expressivos. Adotar o modo de vida saudável com os 5 fatores acima descritos, poderiam prevenir até 79% dos infartos na população estudada. Ou seja, 4 de cada 5 infartos poderiam ser prevenidos com uma vida mais saudável apenas.



            Lembrando que o infarto do miocárdio é a maior causa de morte não traumática no mundo e que, mesmo que não causa a morte, é responsável por grande parte de perda de qualidade de vida, de população ativa e produtiva. Pesa na saúde, pesa no bolso, pesa no orçamento dos governos pela quantidade de pessoas que saem da vida profissional e passam a viver de aposentadorias.  


domingo, 21 de setembro de 2014

Vitamina E





Vitamina que tem despertado grande interesse ultimamente, a vitamina E é reconhecida como potente antioxidante e confere importante proteção contra as ações nocivas dos radicais livres de oxigênio. É isso mesmo, o mesmo oxigênio que é vital para nós, também é tóxico. Um exemplo claro está no nosso dia a dia, quando algo “enferruja” o que acontece é uma oxidação do metal. Ou seja, a reação do metal com o oxigênio que resulta em corrosão. Pois bem, os radicais livres de oxigênio são capazes de lesar nossas células, provocar envelhecimento e perda de função de células.
            A vitamina E é importante para o sistema imunológico, prevenção de trombose e estudos tem ligado a vitamina E a melhora do mal de Alzheimer e sua ação antioxidante é especialmente importante contra os radicais livres gerados pelo cigarro, poluição e radiação ultravioleta do sol.
            Porém nem tudo são flores, a reposição não indicada de vitamina E pode trazer efeitos colaterais indesejados como aumento da propensão a sangramentos principalmente se o paciente já faz uso de medicação anticoagulante. A maioria das pessoas ingere a quantidade suficiente de vitamina E na alimentação porém algumas doenças podem requerer suplementação como doenças hepáticas, fibrose cística e doença de Crohn.

Fontes de vitamina E:

Alimentos
Peso
Vitamina E
Óleo de gérmen de trigo
13,6 g
26 mg
Semente de girassol
33 g
17 mg
Avelã
68 g
16 mg
Óleo de girassol
13,6 g
7 mg
Amendoim
72 g
5 mg
Óleo de amêndoa
13,6 g
5 mg
Castanha-do-pará
70 g
5 mg
Amêndoa
78 g
4,3 mg
Pistache
64 g
3,3 mg

Recomendações diárias de vitamina E:





sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Potássio, o amigo das mulheres!


             Um estudo recente mostrou que mulheres pós-menopausa que ingerem maiores quantidade de potássio tem menor chance de sofrer um acidente vascular cerebral e morrer do que as com dieta pobre em potássio.
            Os resultados do estudo foram bastante interessantes. De uma forma geral, uma dieta rica em potássio reduziu o risco de AVC em geral em 12% em mulheres pós-menopausa e essa taxa sobe para 16% quando nos referimos apenas a VC isquêmico. Entre as mulheres que não são hipertensas, o risco da AVC caiu em 27%. Como as mulheres pós-menopausa tem risco maior de AVC do que os homens a conclusão é de que as mulheres precisam de maiores quantidades de potássio.
            O estudo foi feito acompanhando mais de 90mil mulheres pós menopausa entre 50 e 79 anos por 11 anos. Um estudo robusto que trouxe informações importantes para prevenção de AVC entre esse grupo de mulheres.



            

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Gordura Visceral


       Que a obesidade está relacionada a muitos problemas cardiovasculares, hipertensão, endocrinológicos e osteomusculares já é conhecido há tempos. Porém um estudo recente publicado pelo American College of Cardiology mostrou que o tipo e a localização da obesidade traz diferenças clínicas importantes.
            O estudo mostrou que a gordura visceral (aquela que se acumula no abdome) está muito mais ligada ao desenvolvimento de hipertensão arterial sistêmica do que a gordura total ou em outras partes do corpo. Os mecanismos pelos quais essa diferença ocorre ainda não estão elucidados porém a ligação entre gordura visceral e hipertensão foi bem clara na avaliação.
            Se você tem aquela “barriguinha” não se preocupe somente com a estética, essa gordura tem implicações importantes e impacta diretamente em sua saúde.