Figura comum nos consultórios médicos, os pacientes
supostamente saudáveis que vem em busca de atestado médico para atividade
física mostram que, ainda bem, as atividades físicas tem cada vez mais adeptos.
Porém, nem sempre eles ficam satisfeitos quando o médico (na maioria das vezes
cardiologista) não emite o atestado na hora e pede exames para só depois fazer
o atestado.
Frases como: “eu não tenho nada”,
“já faço há muito tempo”, “nunca senti nada” são frases comuns que ouvimos, principalmente
dos mais jovens que querem ter suas demandas atendidas. Pois bem, não é tão
simples assim. Uma simples lida diária em noticiários mostra que não é tão raro
pessoas terem problemas durante atividade física. Quando um provedor de
serviços solicita uma avaliação de uma médico, ele quer que esse médico diga
que está tudo bem para a prática de tal atividade.
O grande temor dos médicos é a
chamada “morte súbita” que, embora chamem comumente de ataque cardíaco ou
infarto do miocárdio, consiste numa arritmia fatal. A atividade elétrica do
coração entra em colapso e as contrações cessam, o coração para. Nos de mais
idade, é imperioso afastar a existência de doença nas coronárias, que levam ao
infarto e também a arritmias sérias. Dessa forma, todos os candidatos a
atividade física devem ter sua história médica e familiar avaliada pelo médico,
serem examinados e, no mínimo, um eletrocardiograma. Para os que forem
encontrados elementos de risco na história, no exame físico, outros exames
devem ser solicitados como teste ergométrico e ecocardiograma.
Todos aqueles que pretendem
encarar atividades de alta intensidade ou de competição devem submeter-se a
pelo menos um teste ergométrico, independente de faixa etária ou história
clínica. O atestado médico não é só um papel, algo sem importância pra ajudar o
paciente, é um documento que confere responsabilidade civil ao médico, deve ser
concedido com tanto critério quanto qualquer conduta médica.