Recentemente uma amiga, mãe,
médica me abordou sobre uma dúvida se seu filho de 12 anos deveria ou não começar
a realizar treinos de musculação. Entrando na adolescência, o menino que é
magro certamente deseja obter músculos com objetivos outros que não a saúde
propriamente dita porém a salutar dúvida da mãe me suscitou a pesquisar e
escrever este texto. É indicado o treino de força para crianças e adolescentes?
Revisando artigos, praticamente a
unanimidade deles fala que sim, é possível, desejado e benéfico o treinamento
de força entre
crianças e adolescentes atletas e não atletas e com 8 a 12
semanas de treino elas podem aumentar em até 50% sua força porém, óbvio, o
treino não deve ser realizado da mesma forma que o treino em adultos formados.
Crianças estão em crescimento, cartilagens epifisárias (responsáveis pelo crescimento)
representam pontos de fragilidade e a hipertrofia muscular como a desejada
pelos adultos na musculação não é desejável nesta época. Além dos exercícios de
força, são recomendados exercícios de agilidade, resistência e pliometria
(modalidade que envolve exercícios como saltos e lançamentos que promovem
alongamento e depois uma rápida e vigorosa contração muscular) e o cuidado para
que, nos exercícios de força com pesos, não se busque atingir o peso máximo.
Exercícios com peso máximo e o halterofilismo olímpico só devem ser praticados
após a completa maturação do sistema esquelético.
As lesões descritas nos estudos
relacionadas ao treino de força em crianças e adolescentes estão relacionadas
mais ao mau uso do equipamento, má postura, pesos inadequados do que ao fato de
ser em criança em si. E é de FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA a supervisão de um
profissional de educação física que esteja habituado a trabalhar com crianças e
adolescentes. O ganho de força, desempenho, saúde e inequívoco, não compromete
o crescimento e deve ser encorajado. A interação entre o pediatra e o
profissional de educação física é sempre bem-vinda.
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