As medicações para baixar o colesterol estão entre as mais prescritas no mundo. As chamadas estatinas (no Brasil temos a sinvastatina, atorvastatina, rosuvastatina, pravastatina e pitavastatina) são campeãs de vendas dos laboratórios. Mas todos tem de tomar? Elas são seguras?
Se o paciente não tem doença vascular documentada (coronárias, carótidas, doença arterial periférica), não sendo considerado de alto risco para doença coronariana (obstruções nas coronárias que levam ao infarto), as estatinas só estão indicadas para níveis muito alto de colesterol. Fora isso, temos de (mais uma vez) levar uma vida mais saudável, comer bem, comer gorduras boas, fugir dos açúcares e fazer atividade física.
A questão da necessidade de tomar ou não deve ser analisada por um aspecto individual e não somente pelos níveis acima da faixa normal que se deve iniciar a medicação. Para o médico e para o paciente, é um caminho mais fácil, se reduz o número, tem um resultado comprovado laboratorialmente, o paciente fica feliz. Isso era realmente necessário?
Quanto a segurança, normalmente são bem toleradas. Os efeitos adversos mais comuns são dores musculares e transtornos hepáticos leves, ambos facilmente reversíveis com a interrupção do tratamento.
Dar remédio pra reduzir uma taxa sem analisar o contexto é tratar número, tratar exame e todo e qualquer exame complementar deve ser analisado em um contexto clínico, não só o número em si.
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