Cardiomiopatia hipertrófica é uma condição onde o coração ou
uma parte dele se torna mais espesso que o normal e isso pode ser causa de
muitos problemas como obstrução ao fluxo de saída de sangue do coração,
dificuldade do coração relaxar para se encher de sangue e, pela desorganização
das fibras musculares, ser causa de arritmias perigosas. É uma doença genética, normalmente
com casos na mesma família e os jovens costumam apresentar as formas mais
severas porém pode ser vista em todas as faixas etárias.
Muitas
vezes a doença não tem sintomas e o primeiro sintoma a aparecer é o colapso
(síncope) podendo, inclusive, apresentar morte súbita que é normalmente causada
por arritmias severas ou por obstrução ao fluxo sanguíneo dentro do coração.
Outros sintomas incluem dor torácica, falta de ar, tonteiras, vertigens e
palpitações.
O
diagnóstico vem normalmente através de um ecocardiograma porém outros exames
podem ser realizados não só para o diagnóstico da doença como para avaliar o
risco de morte súbita do paciente. Baseado nesses exames, o tratamento pode ir
desde medicação para prevenir arritmias até o implante de marca-passos e
cardiodesfibriladores implantáveis que vem a ser dispositivos que reconhecem
arritmias fatais e dão choques intracardíacos para reverterem-nas.
Muitas
vezes a obstrução ao fluxo sanguíneo se torna tão severa que uma cirurgia pode
necessária para desobstrução. Como é uma doença genética, faz parte da
avaliação, uma vez diagnosticado um caso na família, o aconselhamento genético
para identificar os susceptíveis e iniciar o tratamento de prevenção à morte
súbita antes dos primeiros sintomas.
Caso emblemático de morte por cardiomiopatia hipertrófica aconteceu quando o jogador Serginho, do São Caetano, morreu em campo numa partida pelo campeonato brasileiro em 2004.
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