Medicações que são extremamente comuns com uso muito
difundido, os anti-inflamatórios são tidas muitas vezes como medicações que
podem ser usadas sem nenhum problema. Eles podem ser de dois tipos: os esteróides
(já descritos aqui, ver: http://alexamorim73.blogspot.com.br/2013/09/corticosteroides.html
) e os não-esteróides que são os de uso mais comum. Hoje vou falar aqui sobre os
não-esteróides e também de alguns riscos dessa classe de medicação.
Para
entender melhor, explicaremos de forma simplificada como essas medicações
funcionam. Quando existe uma injúria (que pode ser física, química, biológica,
imunológica, etc) o corpo produz algumas substâncias que promovem a inflamação
e com isso os sintomas clássicos dela: dor, calor, vermelhidão, inchaço, febre,
etc. Os anti-inflamatórios agem impedindo a produção dessas substâncias e, com
isso, aliviando estes sintomas.
Essas
substâncias, porém, agem em outras partes do corpo em mecanismos que são
importantes para o bom funcionamento do nosso corpo e o uso dos
anti-inflamatórios pode prejudicar o funcionamento e com isso provocar
problemas sérios. O mais comum e conhecido efeito colateral é a agressão
gástrica, o uso dos anti-inflamatórios pode causar gastrite, agravar gastrite
existente, provocar úlcera e sangramentos digestivos. Além disso, os rins podem
sofrer com a administração prolongada e uma insuficiência renal pode aparecer.
Na minha vida clínica já vi alguns hipertensos controladas terem suas pressões
alteradas pelo uso de anti-inflamatórios e até pessoas que não são hipertensas
terem suas pressões alteradas per essas drogas.
É importante
ressaltar que o uso curto normalmente não traz nenhum problema porém e,
conforme o uso se prolonga, os efeitos colaterais vão aparecendo e a
interrupção da medicação pode ser mandatória.
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