É fato que nós médicos insistimos na necessidade de que se
tome os remédios prescritos sem falhas e é conhecido também que os pacientes
falham muitas vezes. Esquecimento, reações adversas, efeitos colaterais,
crenças populares, religiosidade e fatores sociais e econômicos e o famoso “não
gosto de tomar remédio” são responsáveis juntos por um sem números de falhas no
cumprimento de uma prescrição médica.
Pela
primeira vez um estudo mediu algumas dessas conseqüências, numa análise
realizada em prontuários eletrônicos com dados sobre aderência dos pacientes,
foi visto que pacientes hipertensos e que possuem o colesterol elevado, ao
falharem no uso diário e contínuo da medicação, apresentaram um aumento
significativo de incidência de acidente vascular cerebral (derrame cerebral) fatal. O que o
paciente deve entender (portanto merece ser elucidado pelo médico) é que o uso
falho da medicação, mesmo que suficiente para manter as taxas numéricas (
valores e pressão e valores do colesterol) sob controle, deixam acontecer os
processos metabólicos que podem levar ao acidente vascular cerebral. A proteção
conferida pelo medicamento vai bem além do controle da taxa a qual se destina.
Portanto sigam
corretamente o que foi prescrito, medicação para ser interromída tem de haver
motivo certo que normalmente se enquadram em: efeito adverso ou colateral importante,
alergia ou intolerância medicamentosa, intoxicação, resposta terapêutica
insuficiente ou exagerada. Se tem dúvidas, problemas ou idéias próprias,
divida-as com seu médico, a comunicação é muito importante para o sucesso de seu tratamento.