É consenso que as pessoas precisam se cuidar, conselhos
válidos para isso não faltam: coma bem, exercite-se, evite o excesso de peso,
não fume, não beba, descanse, beba bastante água...tudo isso tende a manter
nosso corpo saudável e, se algum
problema aparecer, ele tem mais reserva para uma adequada reação e certamente
responde melhor ao tratamento proposto. Vivemos num mundo frenético, corrido,
competitivo e violento e com isso aparece um outro questionamento: e da saúde
mental? Como cuidar?
Somos
diariamente bombardeados com uma série de angústias, medos, expectativas e
tensões que ao mesmo tempo que ajudam a nos mover para frente, também muitas
vezes nos sobrecarrega o emocional e acabamos sucumbindo e caímos nas trevas
dos distúrbios emocionais como ansiedade, depressão, transtornos de pânico,
ficamos sem paciência, sem tempo para “o bom da vida”, muitas vezes não
conseguimos sequer colher o fruto de tanto trabalho. Como lidar com isso?
Não existe
fórmula mágica, por certo. Os profissionais de saúde mental são importantes e
tem primorosas avaliações. Alguns colocam as fichas numa fé (qualquer que seja)
e dão mais valor ao que galgam numa vida futura (além túmulo) do que no
presente. Outros colocam limites no quanto trabalham, no quanto buscam ascender na vida profissional e não se permitem não cuidar da sua vida pessoal, social, amorosa,
familiar e de si próprio. Ter um hobby, não abrir mão de atividades que lhe dão
prazer, trabalhar fazendo o que gosta, ter e cultivar as amizades.
Outro fator
que vem sendo motivo de muitas queixas angustiosas no consultório é o estresse
causado por um ambiente de trabalho ruim. Empresas passando por dificuldades,
chefes incompreensivos ou inescrupulosos, competição acirrada, falta de perspectiva, fofocas e
picuinhas tem muito poder sobre o emocional das pessoas. O campo aqui é mais
delicado pois em muitos casos não dá pra simplesmente sair do trabalho. Todos
temos nossas contas, nossas responsabilidades e sofremos com a mera perspectiva
não dar conta.
No final
das contas o mundo é cruel, existem tantas variáveis que podem nos levar ao
perigoso campo da insanidade mental. O fortalecimento de convicções, princípios,
dedicação ao próprio emocional e cuidar do nosso porto seguro (para muitos a
própria casa, a família, amigos leais a base) parece ter um efeito benéfico.
Valorizar coisas não materiais, acreditar que dificuldades passam e ter fé num
futuro melhor costumam amenizar o efeito caótico do dia a dia.
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