Exame que muitas vezes causa calafrios em quem tem a notícia
que vai precisar submeter-se a ele e também nos familiares, o cateterismo
cardíaco (cujo nome correto é cineangiocoronariografia) ainda assusta a maioria
dos pacientes.
Neste exame um
cateter é introduzido pela artéria femoral (região da virilha) ou pela artéria
radial (no pulso) e é introduzido até chegar ao coração. Ao chegar em sua
posição adequada, o contraste é injetado e este contraste vai desenhar as
artérias coronarianas e mostrar com grande capacidade de acurácia, se existem
obstruções, anomalias e junto com o quadro do paciente, orientará o médico ou
equipe assistente a tomar a decisão terapêutica mais adequada.
Riscos: embora de baixa incidência, o cateterismo tem riscos
potenciais ao paciente. exposição a
radiação (é um exame radiológico), o risco da punção da artéria (femoral ou
radial) onde pode acontecer acidentes como lacerações, sangramentos
importantes, desenvolvimento de pseudo-aneurismas, infecção no local da punção
e trombose da artéria.
Existe o risco da passagem do cateter que pode, embora raro,
lesionar a artéria pela qual está passando e existe o risco da infusão do
contraste. O contraste usado é iodado, existindo assim uma incidência
considerável de reações alérgicas ao iodo e, além disso, tem a toxicidade renal
do contraste.
Limitações: o exame requer um maquinário caro e grande, uma
sala específica montada para sua realização e portanto não está disponível em
qualquer hospital. Além disso, é um
exame unidimensional, imagens de vasos sobrepostos pode enganar uma
visualização menos cuidadosa. Para este segundo problema, as máquinas giram em
torno do paciente, captando vários ângulos da mesma imagem.
É um exame de imensa importância na prática médica, mostra
precisamente onde está a obstrução coronariana que causa um infarto e permite
seu adequado tratamento. Como não é um exame isento de riscos, suas indicações
devem ser precisas e respeitadas.
Como sempre, o melhor é não precisar de um.
Vivam com saúde!