Exame de grande utilidade, o teste ergométrico nos traz uma
imensa gama de informações de importância para diagnósticos e prognósticos e
faz parte, com toda justiça, ao roll dos exames mais solicitados pelos
cardiologistas.
Realizado quase na sua totalidade em esteira rolante, ele
também pode ser realizado em bicicleta e no ergômetro de braço (esse mais
difícil de achar) e tem pontos interessantes a serem avaliados.
Nosso corpo, em especial a parte cardiológica, tem algumas
armadilhas clínicas que se dão por conta da diferença entre esforço e repouso.
Uma pessoa pode ter doenças cardiológicas que, em condições de repouso não se
manifestam porém quando o coração é mais exigido, durante o esforço, aparecem
as alterações e o teste ergométrico faz exatamente isso. Nele são avaliadas as
respostas clínicas, hemodinâmicas (pressão arterial, freqüência cardíaca),
autonômicas (papel do sistema nervoso autônomo na regulação da pressão arterial
e freqüência cardíaca) e eletrocardiográficas ao esforço. Além disso, fórmulas
matemáticas nos trazem a estimativa do condicionamento cardiovascular do
paciente, se está em faixa patológica ou não, etc.
Quanto maior o esforço realizado, mais informação e mais útil
o teste ergométrico é e um bom teste de esforço normal, nos dá uma segurança
boa para por exemplo liberar o paciente para atividades físicas, que o paciente
não está às portas de ter um infarto, que ele não faz arritmias cardíacas
perigosas no esforço.
Riscos: o primeiro é o de queda, já que é quase sempre em
esteira. Além disso, exames mal-indicados ou com desconhecimento de doenças
prévias podem ser desencadeadores de descompensações de problemas cardiológicos
existentes e desconhecidos (embora isso seja bastante raro). Quase a totalidade
das alterações mostradas pelo teste ergométrico desaparecem quando o paciente
retorna ao repouso.
Limitações: o teste depende da aptidão física do paciente,
da capacidade de andar na esteira (eventualmente correr) e coordenação motora.
Algumas medicações podem alterar o resultado do teste, mascarando alterações (sempre
deve ser informado ao médico e o médico solicitante deve informar se quer que
suspenda ou não medicações em uso). Tudo isso deve ser levado em conta tanto
pelo médico que solicita, quanto pelo que realiza o teste.
Vivam com saúde!
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