O
nosso sistema nervoso controla as funções de nosso organismo de uma forma
geral. Ele é o responsável pelos comandos voluntários de nosso corpo como os
movimentos do corpo e pelos involuntários como movimentos dos órgãos,
respiração, etc. Existe uma parte do sistema nervoso que controla boa parte de
nossas funções vitais como pressão arterial e frequência cardíaca que é
denominado Sistema Nervoso Autônomo. Ele é o responsável, por exemplo, por
sentirmos nosso coração disparar quando tomamos um susto e faz com que fiquemos
alertas numa situação de estresse.
Principalmente
na população idosa e em especial nos idosos diabéticos, uma disfunção dessa
parte do sistema nervoso que é chamada de disautonomia. Ela é um distúrbio que
atrapalha a autoregulação das funções involuntárias do organismo incluindo aí a
pressão arterial e da frequência cardíaca em situações simples como passar da
posição deitado para de pé, permanecer muito tempo em pé parado, ir ao
banheiro, provocando muitas vezes quedas acentuadas da pressão arterial nessas
situações com consequentes desmaios e quedas. Em idosos, essa situação é
especialmente importante pelo risco que representa a queda podendo ter como
consequência fraturas de fêmur, traumas cranianos, coisas que apresentam
elevado índice de complicações. O
inverso também pode acontecer, com elevações abruptas e inadequadas da pressão
arterial e da frequência cardíaca. Além disso, a disautonomia pode causar visão
turva, boca seca, impotência sexual, distúrbio gastrointestinais, entre outras
coisas.
Nessas
temperaturas altas que estamos enfrentando, a situação se complica ainda mais
pois os idosos se desidratam com muito mais facilidade. A pressão tende a cair
mesmo sem nenhum distúrbio, a ingesta de líquidos é menor e não é incomum o
hábito de se colocar roupa demais. Além
de controlar a pressão arterial e frequência cardíaca, a disautonomia pode
afetar a deglutição, função sexual e gastrointestinal.
Tratar
o problema de base como diabetes, Parkinson, alcoolismo tendem a melhorar a
disautononia, porém tratamento específico ainda não existe. Em situações
específicas, o uso de meias elásticas, evitar ficar de pé muito tempo parado ou
caminhando lentamente e a prática de exercícios físicos podem minimizar bastante. O diagnóstico é
clínico e pode ser confirmado através de exames como tilt- teste (teste de
inclinação de mesa) e também por alterações específicas no teste de esforço.
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