Uma pergunta frequente feita no
consultório é: a partir de quanto de pressão eu preciso me preocupar? Bom, essa
resposta normalmente não vem com um número em si mas com o tipo de dano que a
pressão arterial esteja causando. Variando muito de pessoa para pessoa, o pico
de hipertensão pode ser considerado emergência ou não.
A
hipertensão arterial é danosa, lenta e por vezes silenciosamente porém alguns
sinais mostram que ela está causando problemas de forma aguda e isso obriga a
tratamento imediato e intensivo. Quando um paciente é hipertenso, o tratamento
visa impedir que o paciente apresente lesões nos sistemas que a hipertensão
adora atacar e que são comprometedores tanto da duração da vida quanto de sua
qualidade, a saber: cérebro, coração, olhos e rins. Partindo daí, ficamos com a
definição de "lesão de órgão alvo" que é muito importante para
definirmos o quão agressivos devemos ser no tratamento.
Alguns
sintomas nos dão uma direção que algo mais sério esteja acontecendo além de um
mero aumento de pressão como por exemplo:
·
Dormências e fraquezas em algum segmento do
corpo, dores de cabeça, alterações na fala – dano neurológico;
·
Alterações visuais (visão dupla, borrada, sem
foco) – alterações oculares e/ou neurológicas
·
Dor no peito, falta de ar, cansaço, palpitações –
dano cardiológico
Uma elevação
de pressão arterial que apresente sintomas assim devem ser tratados como
emergências médicas, em ambiente hospitalar, com medicação rápida e eficaz.
Tentar contornar isso em ambiente doméstico pode fazer a diferença entre uma
mera crise de pressão ou um infarto ou um AVC.
Fiquem atentos!
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