Os noticiários estão veiculando um aumento da incidência de
uma doença que até então a maioria das pessoas daqui jamais tinha ouvido
falar:a FEBRE MACULOSA.
Essa doença
é causada por uma bactéria do gênero ricketsia e é transmitida por um carrapato
muito comum aqui no Brasil que é o carrapato estrela (ou carrapato de cavalo).
Esse carrapato infesta os animais domésticos comuns e alguns selvagens como
capivara, gambás, coelhos, tatus e cobras. A bactéria fica na saliva do
carrapato e, quando ele pica o ser humano, a inocula na circulação.
Após a
picada a pessoa pode ficar de 2 a 14 dias sem sintomas e então a doença
aparece. Os sintomas podem ser muito fracos ou inexistentes nos casos leves (o
que dificulta o diagnóstico) ou serem intensos e graves. A febre pode ser alta,
aparecerem manchas na pele (máculas – daí o nome da doença) que aparecem
róseas, normalmente nos punhos e tornozelos mas que depois progridem, ficam
elevadas, arroxeadas e podem descamar depois. O local da picada do carrapato
pode ficar necrótico como se fosse uma picada de aranha. A doença pode evoluir para cura espontânea após
3 semanas porém nos casos mais graves pode ocorrer necrose dos dedos,
extremidades, genitais e o óbito pode ocorrer. Importante ressaltar que a
doença não passa de ser humano para ser humano diretamente, SEMPRE precisa do
carrapato.
O
diagnóstico pode ser difícil pois se confunde com outras doenças infecciosas
que causam manchas na pele e os sintomas podem ser muito tênues e o tratamento
nos casos leves constitui somente de medicação sintomática. Nos casos mais
sérios, um suporte internado e antibióticos específicos devem ser empregados. A
mortalidade pode chegar a 20% nos casos mais graves.
A prevenção
visa evitar o contato com o carrapato. Uso de calças compridas, botas, usar
carrapaticidas nos animais domésticos e criações e vistoriar o corpo
frequentemente caso tenha de entrar em contato com ambiente e animais
silvestres.
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