sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Miocardiopatia Periparto

 Miocardiopatia periparto é uma forma de insuficiência cardíaca que acomete mulheres no final da gestação ou no puerpério (logo após o parto). Ela é rara porém de graves conseqüências.
            Para ser definida como miocardiopatia periparto ela tem ter início no último mês de gestação ou nos 5 meses após o parto, não ter outra causa identificável de miocardiopatia e ter disfunção ventricular esquerda sistólica (perda de força de contração do ventrículo esquerdo do coração). Evidências mostram que sua causa seja inflamatória. Mediadores químicos causam uma inflamação miocárdica (miocardite) e esta provoca a disfunção ventricular. Estatísticamente estão mais propensas a desenvolver a miocardiopatia periparto as multíparas (múltiplos filhos), as afro-descendentes, idade acima de 30 anos,  gemelares e as que desenvolveram eclampsia, pré-eclâmpsia e hipertensão pós-parto. Após a suspeita diagnóstica, o principal exame a ser realizado é o ecocardiograma que vai aferir com boa precisão as medidas e a função miocárdica e então diagnosticar ou não a miocardiopatia periparto.
            Sintomas que ocorrem são os comuns de insuficiência cardíaca como falta de ar, tosse, taquicardia, intolerância à posição deitada, etc. O tratamento deve ser medicamentoso com as drogas habituais para insuficiência cardíaca respeitando as possíveis interações e malefícios ao feto ou recém nascido. O prognóstico é muito variável, também estudos mostram que o severidade da disfunção ventricular, o tamanho do coração, a idade materna, surgimento tardio dos sintomas, multiparidade e presença de distúrbios no eletrocardiograma estão associados com pior prognóstico e uma gravidez subseqüente pode agravar ainda mais o disfunção miocárdica.

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