Tem-se falado muito sobre o Zika vírus e a microcefalia
quando gestantes são infectadas mas um outro problema que tem sido associado
numa incidência aumentada após a infecção pelo Zika vírus é a Síndrome de
Guillain Barre.
Essa
síndrome se caracteriza por uma agressão do sistema imunológico aos nervos
periféricos e essa agressão atrapalha a transmissão dos impulsos nervosos do
cérebro aos locais acometidos. Não se sabe ao certo os motivos pelos quais isso
acontece mas estão bem documentados casos após uma infecção, após cirurgias e
após vacinas. Todas situações que estimulam o sistema imunológico.
Inicialmente
os sintomas usualmente são fraqueza e formigamento nos membros inferiores que
podem ascender pelo corpo com a progressão. Isso pode culminar com a paralisia
da musculatura inclusive a respiratória, levando a necessidade de uso de
respiradores artificiais para manutenção da vida nos casos mais severos. É uma
patologia grave e é risco de morte para quem desenvolve. Na maioria dos casos
os sintomas progridem, se estabilizam e depois começam a regredir e como em
toda e qualquer patologia, existem os casos mais brandos de bom prognóstico e
os mais severos que colocam a vida em risco normalmente por insuficiência
respiratória.
O
tratamento é a plasmaférese, uma técnica de filtração que retira os anticorpos
da circulação e a injeção de imunoglobulinas para combater a autoimunidade. A
internação é mandatória e a fisioterapia para reabilitação da área acometida
deve ser logo inciada e se mostra muito importante após a remissão do quadro.
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