sexta-feira, 4 de março de 2016

Se for magro pode?


             Com tantos tratamentos, fórmulas e receitas para emagrecer por aí, é certo que alguns sacrifícios deverão ser feitos para os que buscam uma vida mais saudável e concomitante redução de peso. Partindo dessa premissa, aqueles que são geneticamente “favorecidos” com um biotipo mais magro se vêem e são vistos com alguma vantagem. Quando uma pessoa magra recusa comidas muito gordurosas, excesso de carboidratos ou não repete a terceira vez uma comida muito gostosa é comum ouvir de alguém a frase: come! Você é magro e você pode! Será que pode?
            Não é de hoje que são conhecidos os vários malefícios da saúde do acúmulo de gordura corporal e principalmente aquela do abdome (a barriguinha) que é uma gordura visceral. Essa está associada a hipertensão, diabetes, aumento do risco cardiovascular no geral. Porém a pessoa com peso normal não está imune aos malefícios dos alimentos ruins pra saúde. Elas podem até não engordar e nos exames laboratoriais as taxas comumente dosadas estarem normais porém não fogem aos picos de insulina causado pelos açúcares, não fogem às reações inflamatórias do glútem, não fogem aos cancerígenos conservantes e defensores agrícolas, não escapam da maior incidência de placas de gordura que depositam nos vasos das gorduras ruins, não desviam dos danos hepáticos do álcool. Não engordar é um ponto (a favor, sem dúvida) porém não isenta o indivíduo dos nefastos efeitos causados pelos alimentos processados, industrializados, ricos em gorduras, açúcares e sódio (sal). Além disso, nem sempre o magro aos olhos estéticos se confirma a uma medida fidedigna de gordura corporal mostrando que os olhos nos enganam facilmente.

            Cuide do que é ingerido e leve uma vida mais saudável, independente de seu peso. Pratique exercícios, prefira alimentos naturais e se hidrate bem. Remédios não trazem saúde, vida saudável sim.

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