quarta-feira, 25 de junho de 2014

Linfomas


       Existe no nosso corpo um sistema de defesa chamado de sistema linfático, ele abrange todo o corpo e é formado pelos vasos linfáticos e pelos gânglios linfáticos. Eles são “ilhas” de defesa no organismo e é comum sentirmos alguns deles aumentados e doloridos quando temos algum processo infeccioso. São as famosas “ínguas” que incomodam nessas horas. Existe um tipo de câncer que acomete as células linfáticas: os LINFOMAS.
            Existem mais de 20 tipos diferentes de linfomas, uns mais e outros menos agressivos e existe uma classificação básica que separa os linfomas em linfoma de Hodgkin e linfomas não-Hodgkin.
·         Linfoma de Hodgkin: aparece quando um linfócito (um tipo de leucócito, uma célula de defesa) começa a se multiplicar de forma desordenada. Apresenta como sinais e sintomas principais  aumento dos linfonodos no pescoço, virilha ou axilas, febre, emagrecimento, perda de apetite, coceira na pele e suores noturnos. Quando acontece no tórax podem aparecer dores torácicas e falta de ar e no abdome plenitude gástrica e distensão abdominal
Estão em risco maior de desenvolver a doença pessoas com deficiência imunológica e pacientes que tem história familiar de linfoma de Hodgkin. O tratamento inclui poliquimioterapia com ou sem radioterapia e a doença é curável se tratada adequadamente. Se apresentar recidivas e resistência à quimioterapia o transplante de medula óssea é uma opção.
·         Linfomas não-Hodgkin: aparecem quando um tipo de linfócito chamado linfócito B se multiplicam desordenadamente. Apresenta como sinais e sintomas principais  aumento dos linfonodos no pescoço, virilha ou axilas, febre, emagrecimento, perda de apetite, coceira na pele e suores noturnos.
A biópsia diferencia um tipo de outro, o diagnóstico também é confirmado por exames de laboratório, punção lombar, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Após o diagnóstico a doença é classificada e estadiada: indolente,  de crescimento relativamente lento; ou agressivo, de alto grau e desenvolvimento rápido e o estágio em que se encontra.
            A maioria dos linfomas é tratada com quimioterapia, radioterapia, ou ambas. A quimioterapia consiste na combinação de duas ou mais drogas. A radioterapia é uma forma de radiação usada, em geral, para reduzir a carga tumoral em locais específicos, para aliviar sintomas, ou também para reforçar o tratamento quimioterápico, diminuindo as chances de volta da doença em localizações mais propensas à recaída.
No caso dos linfomas indolentes, as opções de tratamento variam desde apenas observação clínica, até tratamentos bastante intensivos, dependendo da indicação médica.

Para linfomas com maior risco de invasão do Sistema Nervoso Central – SNC (cérebro e medula espinhal), faz-se terapia preventiva (injeção de drogas quimioterápicas diretamente no líquido cérebro-espinhal, e/ou radioterapia que envolva cérebro e medula espinhal). Nos pacientes já com o SNC, ou que desenvolvem esta complicação durante o tratamento, são realizados esses mesmos tratamentos. Mais recentemente, a imunoterapia está sendo cada vez mais incorporada ao tratamento, isoladamente ou associada à quimioterapia.

Fonte: Instituto Nacional do Câncer

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