O nosso coração é um órgão muscular e para seu melhor
desempenho é necessário que ele se contraia de forma uniforme. Suas fibras,
quando ativadas, devem se contrair juntas aumentado assim sua força de
contração. Muitas vezes, quando o coração cresce demais, essa ativação demora a
percorrer todo o músculo cardíaco fazendo com que as fibras (que já estão mais
fracas) não contraiam juntas, causando uma perda na sincronização das fibras.
Esse tipo de situação pode ser confirmada facilmente por exames simples como
eletrocardiograma e ecocardiograma e, quando acontece, ajuda a acentuar a
situação chamada insuficiência cardíaca.
Para estes
casos existe um aparelho que pode ser implantado (como um marcapasso) que faz
com que as fibras cardíacas melhorem seu desempenho por contraírem de forma
mais uniforme. É o RESSINCRONIZADOR. Normalmente o paciente sente uma melhora
em sua capacidade funcional, na sua tolerância a esforços e melhora na
qualidade de vida em geral.
Vale
ressaltar que o ressincronizador não trata a disfunção cardíaca existente, não
faz com que um coração grande e fraco fique forte e normal. Ele apenas
sincroniza as contrações das fibras melhorando seu desempenho. Todo o
tratamento médico deve continuar, medicações e todo o resto. Ele é mais um
recurso válido principalmente para aquele paciente que, a despeito de todo o
tratamento, não consegue ser adequadamente controlado, tem muitos sintomas e
tem sua qualidade de vida comprometida.
Nem todos
os pacientes nessas condições respondem bem ao implante do ressincronizador, a
análise de quem é candidato ao implante e deve seguir as diretrizes das
sociedades de cardiologia internacionais.Nos que respndem bem a melhora na
qualidade de vida, redução das internações é visível.
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