O organismo de pessoas com diabetes tipo 2 (as que não precisam usar insulina), das chamas pré-diabéticas (que tem glicose mais alta mas não o suficiente para serem classificadas com diabéticas) e até de alguns pacientes diabéticos do tipo I (que tem de usar insulina) travam uma silenciosa guerra contra a insulina. Essa guerra é chamada de resistência a insulina.
Nas pessoas
sem diabetes ou resistência a insulina, após a ingestão de uma refeição comum, os níveis de glicose no sangue
sobem na medida que os carboidratos ingeridas vão sendo absorvidos na
circulação, isso provoca uma resposta pancreática que aumenta a produção de insulina
e esta vai provocar a captação dessa glicose pelos tecidos para produção de
energia e especialmente no tecido gorduroso, nos músculos e no fígado. Os
níveis de glicose começam a cair, a produção de insulina vai diminuindo e a glicose
volta aos níveis baixos. Nos indivíduos com resistência a insulina, a insulina
produzida não consegue exercer seu papel adequadamente resultando então que o
pâncreas é obrigado a produzir quantidades muito maiores de insulina para obter
o mesmo efeito. Na medida que a resistência a insulina aumenta, o pâncreas pode
não mais conseguir produzir insulina suficiente para controlar os níveis de
glicose, aparecendo assim a intolerância a glicose e por fim o diabetes tipo
II.
O que leva
a resistência a insulina? Não está completamente claro porém já sabemos que o
excesso de peso (especialmente a gordura abdominal), o sedentarismo, a idade e
fatores genéticos são fortes contribuintes para tornar o organismo resistente a
insulina.
Exercícios
físicos podem dramaticamente reduzir a resistência a insulina, a atividade
muscular aumenta a absorção de glicose pelos músculos por mecanismos
independentes da insulina, a redução da ingesta de carboidratos rápidos
(aqueles de rápida absorção e que levam a picos altos de insulina), a perda de
peso de uma forma geral e, se
necessário, o uso de medicamentos podem combater a resistência a insulina. Os
paciente submetidos a cirurgia para tratamento de obesidade mostram grande
redução na resistência a insulina na medida que vão perdendo peso, se
alimentando de forma saudável e vão para a atividade física, podendo inclusive se verem livres.
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