Hoje em dia muitos pacientes
tem necessidade de se submeter a um exame cardiológico invasivo que é o
cateterismo cardíaco. Na sua forma mais comum, esse exame tem seu nome correto
de cineangiocoronariografia e serve para avaliar as coronárias, que são
as artérias que alimentam o coração, avaliando se existe alguma obstrução
coronariana que possa levar o paciente a ter um infarto do miocárdio.
Nesse exame o médico introduz um cateter que pode entrar pela
reguião inguinal (virilha) ou pelo braço acessando as artérias femoral ou
radial respectivamente e vai até o coração. Lá é realizada a injeção de
contraste iodado que "desenha" a anatomia coronariana e aí é avaliada
a existência de obstruções e alterações anatômicas dos vasos.
No que diz respeito a doença das coronárias, o
cateterismo pode apontar para quatro direções:
1 – coronárias normais ou com
doença leve que não necessitam de nenhuma interveção;
2 – coronárias com obstruções
única ou poucas que podem ser resolvidas por angioplastia (forma de tratamento
também por cateter), sem necessidade de cirurgia;
3 – lesões múltiplas e graves
que necessitam de cirurgia de revascularização (usualmente chamadas de "pontes",
normalmente usando a veia safena ou artéria "mamária".);
4 – lesões graves em vasos muito
doentes ou num coração que não adianta mais abordar, opta-se então por não
abordar pela ausência de benefício.
O cateterismo é hoje um exame bastante seguro, com um
índice muito pequeno de complicações. Essas podem acontecer pela passagem do
cateter em si como pelo uso do contraste iodado, sendo as reações alérgicas um
fator importante e também a toxicidade para o rim. Tanto um quanto o outro tem
formas de serem evitados ou pelo menos minimizados e na existência de quadro conhecido,
o médico deve avaliar o risco e o benefício da realização do cateterismo.
Tive que submeter esse exame há 3 anos atrás...
ResponderExcluirPassei mau um dia anterior com muita dor e ao chegar no hospital quase 24 horas depois realizei o eletro que não deu nada. Então, o medico fez exame de sangue que acusou nas minhas enzimas uma alteração.
Bom, enfartei! Mas como meus antecedentes e meus exames anteriores não justificavam tal acontecimento me submeti ao cateterismo como forma de verificar/comprovar se realmente eu havia enfartado. Foi comprovado!
Sei que é um exame que além de avaliar se houve uma obstrução pode também durante o exame desobstruir as coronárias. Estou certa, doutor?
Pode acontecer sim Tuca, mas quando a obstrução é causada por uma placa de gordura, isso é praticamente impossível de acontecer.
ExcluirObrigado!
Meu pai, que tem 82 anos fez um cateterismo recentemente e foi constatado uma obstrução, então fez angioplastia e colocou stents e está tomando anticoagulantes.Ele terá que tomá-los para sempre?Muito obrigado.Élcio Santiago.
ResponderExcluirA decisão do tempo que a terapia anticoagulante ou antiplaquetária permanecerá após a angioplastia com stents depende de cada caso. Alguns fatores que interferem são: se os stents foram comuns ou farmacológico (com drogas), se o paciente é diabético ou não e qual vaso foi abordado e a complexidade da lesão. Ou seja, é caso a caso.
ExcluirObrigado Élcio!