Classe
de remédio amplamente usada pelo mundo afora, os remédios para abaixar o
colesterol, conhecidos como estatinas (sinvastatina, atorvastatina,
rosuvastatina, pravastatina e lovastatina), são comumente contestados pelos
pacientes à partir do momento que as taxas se normalizam. A pergunta:
"preciso continuar tomando?" vem rapidamente e por vezes o paciente
não compreende os motivos de se continuar tal terapêutica.
Em
primeiro lugar, a decisão de iniciar e/ou continuar uma estatina não depende apenas do valor do colesterol do
paciente, mas também do patamar de risco onde ele se encontra. Para
exemplificar: um paciente jovem, sem nenhum outro problema de saúde, que
apresenta colesterol elevado de forma leve a moderada, pode ser tratado inicialmente
com dieta e atividade física. Caso não se consiga o êxito desejado, inicia-se o
remédio após uma reavaliação alguns meses depois. Porém um paciente
hipertenso, diabético, com colesterol elevado e já tendo documentação de doença
vascular, não se perde tempo, inicia-se logo a estatina pois o risco desse
paciente é bem maior.
Outro
fator que impõe a presença da estatina é a presença de doença coronariana
documentada, ou seja, se esse paciente
já fez cateterismo que mostrou algum grau de obstrução coronariana, se já teve
infarto ou se já realizou cirurgia cardíaca de revascularização (pontes de
safena e/ou mamárias). Esse paciente toma estatina independente do nível do
colesterol porque a estatina, além de abaixar o colesterol, tem a propriedade
de proteger o vaso, impedir ou retardar a progressão das placas de gordura que entopem os
vasos.
As
estatinas agem no fígado, impedindo a formação do colesterol nele, portanto
pode haver alguma toxicidade para o órgão. Se acontecer, é transitória e
reversível com a suspensão do remédio. Além disso, um efeito colateral que pode
acontecer é a toxicidade muscular que pode ser evidenciada por dor muscular ou
por elevação de uma enzima no sangue chamada creatinofosfoquinase (CPK) que
evidencia a presença de lesão muscular. Essa também é reversível facilmente com
a suspensão do medicamento.
As estatinas são ferramentas maravilhosas para prevenção
e tratamento de pacientes com problemas de colesterol e doenças vasculares.
Quando prescritas, é importante ter o conhecimento de seu campo de ação e que
seu benefício vai bem além de simplesmente abaixar o colesterol.
Fale com
seu médico!
Um abraço!
Texto muito elucidativo, de fácil compreensão e total esclarecimento. Obrigada Dr. Alex pela oportunidade de adquirir informações e conhecimentos sobre nosso corpo e nossa saúde.
ResponderExcluirObrigado Letícia! O objetivo do blog é esse! Feliz com sua participação!
ExcluirExelentes informações. Normalmente nos consultórios não há tempo para tantas elucidações. Parabéns Dr. e espero que continue nos agraciando com a divisão de sua experiência. Élcio Santiago/R.Ostras-RJ
ResponderExcluirDe nada Élcio! Eu que agradeço a participação.
ExcluirEspero poder ajudar sempre!
Grande abraço!
Assisti uma reportagem no Globo Reporter falando da erva matte queimada, que ajudaria, junto com as estatinas, a baixar o colesterol. Tenho um amigo que garante que sem o matte(só com medicação) seu colesterol total ficava em torno de 200, 205 e com o matte está entre 190, 195, sendo que houve elevação do "bom".Isto tem comprovação científica? Obrigada.Lúcia Sampaio-RJ.
ResponderExcluirÉ verdade Lúcia, tem estudos que indicam que a erva mate contribui para redução do colesterol sim, assim como outros alimentos. Uma consulta a um nutricionista é a melhor escolha. Mas não nos deixemos levar, se o remédio foi prescrito, use. Não substitua!
ExcluirObrigado!
Que lindo seu blog parabéns, aproveito a oportunidade quero seguir o seu blog, não estou encontrar seguidores,deixo aqui meu blog e convido a todos fazer uma visita beijo sucesso.http://alternarsite.blogspot.jp/
ResponderExcluirum surpresa boa!
ResponderExcluirtextos interessantes.
obrigada!
um beijo
Eu que agradeço!A participação e o elogio.
ExcluirBeijo.