domingo, 10 de abril de 2016

Você Cuida do seu Emocional?

É consenso que as pessoas precisam se cuidar, conselhos válidos para isso não faltam: coma bem, exercite-se, evite o excesso de peso, não fume, não beba, descanse, beba bastante água...tudo isso tende a manter nosso corpo saudável  e, se algum problema aparecer, ele tem mais reserva para uma adequada reação e certamente responde melhor ao tratamento proposto. Vivemos num mundo frenético, corrido, competitivo e violento e com isso aparece um outro questionamento: e da saúde mental? Como cuidar?
            Somos diariamente bombardeados com uma série de angústias, medos, expectativas e tensões que ao mesmo tempo que ajudam a nos mover para frente, também muitas vezes nos sobrecarrega o emocional e acabamos sucumbindo e caímos nas trevas dos distúrbios emocionais como ansiedade, depressão, transtornos de pânico, ficamos sem paciência, sem tempo para “o bom da vida”, muitas vezes não conseguimos sequer colher o fruto de tanto trabalho. Como lidar com isso?
            Não existe fórmula mágica, por certo. Os profissionais de saúde mental são importantes e tem primorosas avaliações. Alguns colocam as fichas numa fé (qualquer que seja) e dão mais valor ao que galgam numa vida futura (além túmulo) do que no presente. Outros colocam limites no quanto trabalham, no quanto buscam ascender na vida profissional e não se permitem não cuidar da sua vida pessoal, social, amorosa, familiar e de si próprio. Ter um hobby, não abrir mão de atividades que lhe dão prazer, trabalhar fazendo o que gosta, ter e cultivar as amizades.

            Outro fator que vem sendo motivo de muitas queixas angustiosas no consultório é o estresse causado por um ambiente de trabalho ruim. Empresas passando por dificuldades, chefes incompreensivos ou inescrupulosos, competição acirrada, falta de perspectiva, fofocas e picuinhas tem muito poder sobre o emocional das pessoas. O campo aqui é mais delicado pois em muitos casos não dá pra simplesmente sair do trabalho. Todos temos nossas contas, nossas responsabilidades e sofremos com a mera perspectiva não dar conta.

            No final das contas o mundo é cruel, existem tantas variáveis que podem nos levar ao perigoso campo da insanidade mental. O fortalecimento de convicções, princípios, dedicação ao próprio emocional e cuidar do nosso porto seguro (para muitos a própria casa, a família, amigos leais a base) parece ter um efeito benéfico. Valorizar coisas não materiais, acreditar que dificuldades passam e ter fé num futuro melhor costumam amenizar o efeito caótico do dia a dia. 

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