domingo, 10 de novembro de 2013

Doença Celíaca - o perigo do Glúten!


            A  doença celíaca é uma doença autoimune e com forte componente genético onde, após ingerir alimentos com glúten, o sistema imunológico reage contra o próprio intestino causando inflamação. O glúten é a principal fração proteica que existe no trigo, centeio, aveia e cevada

 - Forma clássica ou típica
Caracteriza-se pela presença de diarreia crônica, em geral acompanhada de distensão abdominal e perda de peso. Os pacientes também podem apresentar diminuição do tecido celular subcutâneo, atrofia da musculatura glútea, falta de apetite, alteração de humor (irritabilidade ou apatia), vômitos e anemia. Esta forma clínica pode ter evolução grave, conhecida como crise celíaca, que ocorre quando há retardo no diagnóstico e na instituição de tratamento adequado, particularmente entre o primeiro e o segundo anos de vida, sendo frequentemente desencadeada por infecção. Esta complicação potencialmente fatal se caracteriza pela presença de diarreia com desidratação grave, distensão abdominal e desnutrição grave, além de outras manifestações, como hemorragia e tetania.

 - Forma não clássica ou  atípica         
Caracteriza-se por quadro pouco sintomático, em que as manifestações digestivas estão
ausentes ou, quando presentes, ocupam um segundo plano. Os pacientes podem apresentar manifestações isoladas, como, por exemplo, baixa estatura, anemia, osteoporose, hipoplasia do esmalte dentário, artralgias ou artrites, constipação intestinal refratária ao tratamento, atraso da puberdade, irregularidade do ciclo menstrual, esterilidade, abortos de repetição, ataxia, epilepsia (isolada ou associada à calcificação cerebral), problemas neurológicos, manifestações psiquiátricas (depressão, autismo, esquizofrenia), úlcera aftosa recorrente, elevação das enzimas hepáticas sem causa aparente, adinamia, perda de peso sem causa aparente, edema de surgimento abrupto após infecção ou cirurgia e dispepsia não ulcerosa.
 - Forma silenciosa
            Consiste na presença de evidências laboratoriais ou na mucosa intestinal porém na ausência de sintomas.


            O diagnóstico é feito através de exames de sangue, exames endoscópicos e biópsia de mucosa intestinal. O tratamento consiste numa dieta livre de glúten por toda a vida e, se necessário, correção dos déficits nutricionais causados pela perda de absorção.

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