terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Disautonomia - você já ouviu falar nisso?

            O nosso sistema nervoso controla as funções de nosso organismo de uma forma geral. Ele é o responsável pelos comandos voluntários de nosso corpo como os movimentos do corpo e pelos involuntários como movimentos dos órgãos, respiração, etc. Existe uma parte do sistema nervoso que controla boa parte de nossas funções vitais como pressão arterial e frequência cardíaca que é denominado Sistema Nervoso Autônomo. Ele é o responsável, por exemplo, por sentirmos nosso coração disparar quando tomamos um susto e faz com que fiquemos alertas numa situação de estresse.
            Principalmente na população idosa e em especial nos idosos diabéticos, uma disfunção dessa parte do sistema nervoso que é chamada de disautonomia. Ela é um distúrbio que atrapalha a autoregulação das funções involuntárias do organismo incluindo aí a pressão arterial e da frequência cardíaca em situações simples como passar da posição deitado para de pé, permanecer muito tempo em pé parado, ir ao banheiro, provocando muitas vezes quedas acentuadas da pressão arterial nessas situações com consequentes desmaios e quedas. Em idosos, essa situação é especialmente importante pelo risco que representa a queda podendo ter como consequência fraturas de fêmur, traumas cranianos, coisas que apresentam elevado índice de complicações.  O inverso também pode acontecer, com elevações abruptas e inadequadas da pressão arterial e da frequência cardíaca. Além disso, a disautonomia pode causar visão turva, boca seca, impotência sexual, distúrbio gastrointestinais, entre outras coisas.
            Nessas temperaturas altas que estamos enfrentando, a situação se complica ainda mais pois os idosos se desidratam com muito mais facilidade. A pressão tende a cair mesmo sem nenhum distúrbio, a ingesta de líquidos é menor e não é incomum o hábito de se colocar roupa demais.  Além de controlar a pressão arterial e frequência cardíaca, a disautonomia pode afetar a deglutição, função sexual e gastrointestinal.

            Tratar o problema de base como diabetes, Parkinson, alcoolismo tendem a melhorar a disautononia, porém tratamento específico ainda não existe. Em situações específicas, o uso de meias elásticas, evitar ficar de pé muito tempo parado ou caminhando lentamente e a prática de exercícios físicos  podem minimizar bastante. O diagnóstico é clínico e pode ser confirmado através de exames como tilt- teste (teste de inclinação de mesa) e também por alterações específicas no teste de esforço.

Nenhum comentário:

Postar um comentário