sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Pico de pressão - o que fazer?


        Uma pergunta frequente feita no consultório é: a partir de quanto de pressão eu preciso me preocupar? Bom, essa resposta normalmente não vem com um número em si mas com o tipo de dano que a pressão arterial esteja causando. Variando muito de pessoa para pessoa, o pico de hipertensão pode ser considerado emergência ou não.
            A hipertensão arterial é danosa, lenta e por vezes silenciosamente porém alguns sinais mostram que ela está causando problemas de forma aguda e isso obriga a tratamento imediato e intensivo. Quando um paciente é hipertenso, o tratamento visa impedir que o paciente apresente lesões nos sistemas que a hipertensão adora atacar e que são comprometedores tanto da duração da vida quanto de sua qualidade, a saber: cérebro, coração, olhos e rins. Partindo daí, ficamos com a definição de "lesão de órgão alvo" que é muito importante para definirmos o quão agressivos devemos ser no tratamento.
            Alguns sintomas nos dão uma direção que algo mais sério esteja acontecendo além de um mero aumento de pressão como por exemplo:
·         Dormências e fraquezas em algum segmento do corpo, dores de cabeça, alterações na fala  – dano neurológico;
·         Alterações visuais (visão dupla, borrada, sem foco) – alterações oculares e/ou neurológicas
·         Dor no peito, falta de ar, cansaço, palpitações – dano cardiológico
    Uma elevação de pressão arterial que apresente sintomas assim devem ser tratados como emergências médicas, em ambiente hospitalar, com medicação rápida e eficaz. Tentar contornar isso em ambiente doméstico pode fazer a diferença entre uma mera crise de pressão ou um infarto ou um AVC.

        Fiquem atentos!

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