domingo, 28 de setembro de 2014

Anti-inflamatórios



           Medicações que são extremamente comuns com uso muito difundido, os anti-inflamatórios são tidas muitas vezes como medicações que podem ser usadas sem nenhum problema. Eles podem ser de dois tipos: os esteróides (já descritos aqui, ver: http://alexamorim73.blogspot.com.br/2013/09/corticosteroides.html ) e os não-esteróides que são os de uso mais comum. Hoje vou falar aqui sobre os não-esteróides e também de alguns riscos dessa classe de medicação.
            Para entender melhor, explicaremos de forma simplificada como essas medicações funcionam. Quando existe uma injúria (que pode ser física, química, biológica, imunológica, etc) o corpo produz algumas substâncias que promovem a inflamação e com isso os sintomas clássicos dela: dor, calor, vermelhidão, inchaço, febre, etc. Os anti-inflamatórios agem impedindo a produção dessas substâncias e, com isso, aliviando estes sintomas.
            Essas substâncias, porém, agem em outras partes do corpo em mecanismos que são importantes para o bom funcionamento do nosso corpo e o uso dos anti-inflamatórios pode prejudicar o funcionamento e com isso provocar problemas sérios. O mais comum e conhecido efeito colateral é a agressão gástrica, o uso dos anti-inflamatórios pode causar gastrite, agravar gastrite existente, provocar úlcera e sangramentos digestivos. Além disso, os rins podem sofrer com a administração prolongada e uma insuficiência renal pode aparecer. Na minha vida clínica já vi alguns hipertensos controladas terem suas pressões alteradas pelo uso de anti-inflamatórios e até pessoas que não são hipertensas terem suas pressões alteradas per essas drogas.

            É importante ressaltar que o uso curto normalmente não traz nenhum problema porém e, conforme o uso se prolonga, os efeitos colaterais vão aparecendo e a interrupção da medicação pode ser mandatória.  

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

O impacto medido de uma vida saudável


             Estudo publicado no Journal of the American College of Cardiology medindo o impacto de uma vida saudável (dieta, exercícios e controle de fatores de risco) na incidência de infartos do miocárdio em homens. Nesse estudo 20.761 homens foram acompanhados desde 2009 sendo esses homens com história de câncer, hipertensão, diabetes, doença cardiovascular e colesterol alto. Foram separados então pela adoção dos seguintes fatores de vida saudável: dieta saudável, não fumar, baixo consumo de álcool, atividade física regular e ausência de adiposidade abdominal (a gordura visceral explicada alguns textos atrás).



            Durante o acompanhamento acontecerem 1.361 casos de infartos do miocárdio e os resultados, variando entre os que adotaram de 0 aos 5 fatores de baixo risco, foram expressivos. Adotar o modo de vida saudável com os 5 fatores acima descritos, poderiam prevenir até 79% dos infartos na população estudada. Ou seja, 4 de cada 5 infartos poderiam ser prevenidos com uma vida mais saudável apenas.



            Lembrando que o infarto do miocárdio é a maior causa de morte não traumática no mundo e que, mesmo que não causa a morte, é responsável por grande parte de perda de qualidade de vida, de população ativa e produtiva. Pesa na saúde, pesa no bolso, pesa no orçamento dos governos pela quantidade de pessoas que saem da vida profissional e passam a viver de aposentadorias.  


domingo, 21 de setembro de 2014

Vitamina E





Vitamina que tem despertado grande interesse ultimamente, a vitamina E é reconhecida como potente antioxidante e confere importante proteção contra as ações nocivas dos radicais livres de oxigênio. É isso mesmo, o mesmo oxigênio que é vital para nós, também é tóxico. Um exemplo claro está no nosso dia a dia, quando algo “enferruja” o que acontece é uma oxidação do metal. Ou seja, a reação do metal com o oxigênio que resulta em corrosão. Pois bem, os radicais livres de oxigênio são capazes de lesar nossas células, provocar envelhecimento e perda de função de células.
            A vitamina E é importante para o sistema imunológico, prevenção de trombose e estudos tem ligado a vitamina E a melhora do mal de Alzheimer e sua ação antioxidante é especialmente importante contra os radicais livres gerados pelo cigarro, poluição e radiação ultravioleta do sol.
            Porém nem tudo são flores, a reposição não indicada de vitamina E pode trazer efeitos colaterais indesejados como aumento da propensão a sangramentos principalmente se o paciente já faz uso de medicação anticoagulante. A maioria das pessoas ingere a quantidade suficiente de vitamina E na alimentação porém algumas doenças podem requerer suplementação como doenças hepáticas, fibrose cística e doença de Crohn.

Fontes de vitamina E:

Alimentos
Peso
Vitamina E
Óleo de gérmen de trigo
13,6 g
26 mg
Semente de girassol
33 g
17 mg
Avelã
68 g
16 mg
Óleo de girassol
13,6 g
7 mg
Amendoim
72 g
5 mg
Óleo de amêndoa
13,6 g
5 mg
Castanha-do-pará
70 g
5 mg
Amêndoa
78 g
4,3 mg
Pistache
64 g
3,3 mg

Recomendações diárias de vitamina E:





sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Potássio, o amigo das mulheres!


             Um estudo recente mostrou que mulheres pós-menopausa que ingerem maiores quantidade de potássio tem menor chance de sofrer um acidente vascular cerebral e morrer do que as com dieta pobre em potássio.
            Os resultados do estudo foram bastante interessantes. De uma forma geral, uma dieta rica em potássio reduziu o risco de AVC em geral em 12% em mulheres pós-menopausa e essa taxa sobe para 16% quando nos referimos apenas a VC isquêmico. Entre as mulheres que não são hipertensas, o risco da AVC caiu em 27%. Como as mulheres pós-menopausa tem risco maior de AVC do que os homens a conclusão é de que as mulheres precisam de maiores quantidades de potássio.
            O estudo foi feito acompanhando mais de 90mil mulheres pós menopausa entre 50 e 79 anos por 11 anos. Um estudo robusto que trouxe informações importantes para prevenção de AVC entre esse grupo de mulheres.



            

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Gordura Visceral


       Que a obesidade está relacionada a muitos problemas cardiovasculares, hipertensão, endocrinológicos e osteomusculares já é conhecido há tempos. Porém um estudo recente publicado pelo American College of Cardiology mostrou que o tipo e a localização da obesidade traz diferenças clínicas importantes.
            O estudo mostrou que a gordura visceral (aquela que se acumula no abdome) está muito mais ligada ao desenvolvimento de hipertensão arterial sistêmica do que a gordura total ou em outras partes do corpo. Os mecanismos pelos quais essa diferença ocorre ainda não estão elucidados porém a ligação entre gordura visceral e hipertensão foi bem clara na avaliação.
            Se você tem aquela “barriguinha” não se preocupe somente com a estética, essa gordura tem implicações importantes e impacta diretamente em sua saúde. 

domingo, 24 de agosto de 2014

Novas Metas para Controle da Pressão Arterial


            Há algum tempo que vem se falando em objetivos no tratamento da hipertensão arterial. As metas do tratamento costumam ficar no famoso “12 por 8” ou, falando corretamente, 120x80mmHg (milímetros de mercúrio). Porém será que essa meta é boa para todos?
            Não temos dúvidas que um jovem hipertenso tem grande benefício em manter tais metas, certamente reduziria bastante o risco de doenças cardiovasculares graves e de eventos como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, doença renal e outros. Porém o grande desafio se dá em outra população, os idosos acima de 60 anos. Será que devemos buscar o 120x80mmHg para eles também?
            Pelas novas diretrizes internacionais de hipertensão a reposta é não. As metas de tratamento são avaliadas caso a caso, levando em conta a idade e o tipo de doença associada que  o paciente tem como vou demonstrar a seguir.
            Para os paciente maiores de 60 anos que não são portadores de doença renal, diabetes ou doença nas coronárias (obstrução nas artérias que alimentam o coração), a meta atual é reduzir a pressão arterial máxima para abaixo de 150 (15) e a mínima para abaixo de 90 (9)mmHg. Para os paciente com menos de 60 anos a meta é reduzir a pressão arterial máxima para menos de 140 (14) e a mínima para menos de 90 (9) mmHg. Se o paciente tem qualquer idade mas é portador de doença renal, diabetes ou doença coronariana a meta também é pressão arterial máxima menor que 140 (14) e a mínima menor que 90 (9) mmHg.

            Nos idosos, a redução da pressão arterial para valores muito abaixo disso, além de não ter benefício adicional, existe um risco da circulação cerebral não suportar valores mais baixos e dos mecanismos normais de manutenção da pressão arterial falharem em mantê-la em situações especiais como levantar-se, ficar muito tempo em pé e isso aumentar o risco de quedas, fraturas, acidentes vasculares cerebrais e comprometer assim a duração e qualidade de vida do idoso. 

terça-feira, 29 de julho de 2014

Coração partido existe? Uma desilusão pode fazer mal ao coração?


           Um grande estresse, uma emoção forte ou uma desilusão pode fazer mal ao coração? Causar danos físicos ao órgão? A resposta é sim. Existe uma forma de acometimento agudo do coração conhecida com síndrome de Takotsubo ou cardiopatia induzida por estresse ou síndrome do coração partido. O nome japonês refere a um vaso de pesca de polvos que tem uma forma semelhante ao que o coração adquire durante o problema.
            É uma síndrome que tem manifestações clínicas que se assemelham muito a um infarto do miocárdio inclusive com alterações estruturais detectáveis podendo cursar inclusive com gravidade. As diferenças consistem na reversibilidade da Takotsubo e na ausência de doença coronariana obstrutiva. Ou seja, é mais ou menos como se a pessoa tivesse um infarto reversível sem morte de células cardíacas e sem nenhuma artéria obstruída que justifique o quadro.

            Acomete muito mais mulheres do que homens, o quadro se inicia habitualmente com sintomas como dores no peito, falta de ar, desmaios, podendo apresentar sintomas graves como edema pulmonar e choque por falência do coração.   O cateterismo é importante para o diagnóstico por descartar a doença obstrutiva das coronárias como responsável pelo quadro e, após tratamento de suporte, comumente ocorre a reversão completa do quadro em algumas semanas voltando o paciente a ter um coração estruturalmente e funcionalmente normal. 

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Febre Maculosa

            Os noticiários estão veiculando um aumento da incidência de uma doença que até então a maioria das pessoas daqui jamais tinha ouvido falar:a FEBRE MACULOSA.
            Essa doença é causada por uma bactéria do gênero ricketsia e é transmitida por um carrapato muito comum aqui no Brasil que é o carrapato estrela (ou carrapato de cavalo). Esse carrapato infesta os animais domésticos comuns e alguns selvagens como capivara, gambás, coelhos, tatus e cobras. A bactéria fica na saliva do carrapato e, quando ele pica o ser humano, a inocula na circulação.
            Após a picada a pessoa pode ficar de 2 a 14 dias sem sintomas e então a doença aparece. Os sintomas podem ser muito fracos ou inexistentes nos casos leves (o que dificulta o diagnóstico) ou serem intensos e graves. A febre pode ser alta, aparecerem manchas na pele (máculas – daí o nome da doença) que aparecem róseas, normalmente nos punhos e tornozelos mas que depois progridem, ficam elevadas, arroxeadas e podem descamar depois. O local da picada do carrapato pode ficar necrótico como se fosse uma picada de aranha. A  doença pode evoluir para cura espontânea após 3 semanas porém nos casos mais graves pode ocorrer necrose dos dedos, extremidades, genitais e o óbito pode ocorrer. Importante ressaltar que a doença não passa de ser humano para ser humano diretamente, SEMPRE precisa do carrapato.
            O diagnóstico pode ser difícil pois se confunde com outras doenças infecciosas que causam manchas na pele e os sintomas podem ser muito tênues e o tratamento nos casos leves constitui somente de medicação sintomática. Nos casos mais sérios, um suporte internado e antibióticos específicos devem ser empregados. A mortalidade pode chegar a 20% nos casos mais graves.
            A prevenção visa evitar o contato com o carrapato. Uso de calças compridas, botas, usar carrapaticidas nos animais domésticos e criações e vistoriar o corpo frequentemente caso tenha de entrar em contato com ambiente e animais silvestres. 

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Febre Chicungunha - Nova ameça?


         Não é de hoje que o Brasil se preocupa com o combate ao mosquito Aedes aegypti pela epidemia de dengue que assola o país ano após ano e também não é de hoje que sabemos que estamos longe de ganhar esta guerra. O que não é muito divulgado é que esse mesmo mosquito é o transmissor de outras doenças como a febre amarela e, mais recentemente, uma doença que até pouco só ocorria na África: a febre Chicungunha.
            Foram detectados casos no Rio de Janeiro em 2014 em soldados provenientes do Haiti e viajores proveniente da África. O estado de alerta vale pois já que temos o mosquito transmissor em abundância só faltaria pessoas doentes para começar a transmissão em massa.

            Os sintomas da febre Chicungunha são semelhantes a de qualquer virose inespecífica inclusive a dengue. Febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, manchas vermelhas na pele e marcadamente com dores articulares. A  doença é de curso auto-limitado, de pequena mortalidade que acontece principalmente em bebês porém, diferente da dengue, existe uma forma crônica, com sintomas que duram de 6 meses a 1 ano, que deixam seqüelas articulares.  

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Cardioversão Elétrica - Um choque no peito!


            Filmes e programas de TV mostram volta e meia, quando um paciente apresenta uma parada cardíaca, aquele choque no peito dado com um desfibrilador. A cena é dramática, paciente inerte, equipe estressada, correria, na hora do choque o corpo do paciente dá aquela arqueada de contração muscular e nem sempre funciona. Hoje eu vou falar desse choque mas, ao contrário do que se pensa, não é dado apenas em casos dramáticos de parada cardíaca. Existem situações em que acontecem arritmias cardíacas, com o paciente acordado, lúcido e que está indicado a terapia elétrica. É chamada de cardioversão elétrica.
            O paciente deve ser informado do procedimento, sua sequência, riscos e benefícios. É relativamente simples de ser realizado mas depende de uma sedação (o choque dói), aparato para garantir a respiração do paciente, aplicação de abundante quantidade de gel no tórax (para evitar queimaduras) e a aplicação enfim das pás do desfibrilador nas posições adequadas no tórax  e disparar a carga elétrica.
            O princípio é simples, durante uma arritmia, o coração se apresenta com sua atividade elétrica desorganizada ou organizada de forma inadequada, Esses circuitos funcionando de forma rápida impedem o nosso sistema natural de controle de freqüência cardíaca de controlá-la. A carga elétrica aplicada então anula este circuito e então nosso sistema de controle reassume e volta a controlar nosso ritmo cardíaco. A sedação é leve, o paciente normalmente já começa a acordar com o choque, não se lembra do que aconteceu e pode, em muitos casos, após acordar, receber alta hospitalar logo após.
            Os riscos do procedimento são provenientes da sedação (depressão respiratória, broncoaspiração, sedação excessiva, etc.) e da aplicação da carga elétrica (queimaduras, ineficácia e parada cardíaca, esse último bastante pequeno.). Na imensa maioria dos casos o procedimento é seguro e bem sucedido.

            Abraço a todos.

sábado, 28 de junho de 2014

Terapia de Ressincronização Cardíaca


                  O nosso coração é um órgão muscular e para seu melhor desempenho é necessário que ele se contraia de forma uniforme. Suas fibras, quando ativadas, devem se contrair juntas aumentado assim sua força de contração. Muitas vezes, quando o coração cresce demais, essa ativação demora a percorrer todo o músculo cardíaco fazendo com que as fibras (que já estão mais fracas) não contraiam juntas, causando uma perda na sincronização das fibras. Esse tipo de situação pode ser confirmada facilmente por exames simples como eletrocardiograma e ecocardiograma e, quando acontece, ajuda a acentuar a situação chamada insuficiência cardíaca.
            Para estes casos existe um aparelho que pode ser implantado (como um marcapasso) que faz com que as fibras cardíacas melhorem seu desempenho por contraírem de forma mais uniforme. É o RESSINCRONIZADOR. Normalmente o paciente sente uma melhora em sua capacidade funcional, na sua tolerância a esforços e melhora na qualidade de vida em geral.
            Vale ressaltar que o ressincronizador não trata a disfunção cardíaca existente, não faz com que um coração grande e fraco fique forte e normal. Ele apenas sincroniza as contrações das fibras melhorando seu desempenho. Todo o tratamento médico deve continuar, medicações e todo o resto. Ele é mais um recurso válido principalmente para aquele paciente que, a despeito de todo o tratamento, não consegue ser adequadamente controlado, tem muitos sintomas e tem sua qualidade de vida comprometida.

            Nem todos os pacientes nessas condições respondem bem ao implante do ressincronizador, a análise de quem é candidato ao implante e deve seguir as diretrizes das sociedades de cardiologia internacionais.Nos que respndem bem a melhora na qualidade de vida, redução das internações é visível. 

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Linfomas


       Existe no nosso corpo um sistema de defesa chamado de sistema linfático, ele abrange todo o corpo e é formado pelos vasos linfáticos e pelos gânglios linfáticos. Eles são “ilhas” de defesa no organismo e é comum sentirmos alguns deles aumentados e doloridos quando temos algum processo infeccioso. São as famosas “ínguas” que incomodam nessas horas. Existe um tipo de câncer que acomete as células linfáticas: os LINFOMAS.
            Existem mais de 20 tipos diferentes de linfomas, uns mais e outros menos agressivos e existe uma classificação básica que separa os linfomas em linfoma de Hodgkin e linfomas não-Hodgkin.
·         Linfoma de Hodgkin: aparece quando um linfócito (um tipo de leucócito, uma célula de defesa) começa a se multiplicar de forma desordenada. Apresenta como sinais e sintomas principais  aumento dos linfonodos no pescoço, virilha ou axilas, febre, emagrecimento, perda de apetite, coceira na pele e suores noturnos. Quando acontece no tórax podem aparecer dores torácicas e falta de ar e no abdome plenitude gástrica e distensão abdominal
Estão em risco maior de desenvolver a doença pessoas com deficiência imunológica e pacientes que tem história familiar de linfoma de Hodgkin. O tratamento inclui poliquimioterapia com ou sem radioterapia e a doença é curável se tratada adequadamente. Se apresentar recidivas e resistência à quimioterapia o transplante de medula óssea é uma opção.
·         Linfomas não-Hodgkin: aparecem quando um tipo de linfócito chamado linfócito B se multiplicam desordenadamente. Apresenta como sinais e sintomas principais  aumento dos linfonodos no pescoço, virilha ou axilas, febre, emagrecimento, perda de apetite, coceira na pele e suores noturnos.
A biópsia diferencia um tipo de outro, o diagnóstico também é confirmado por exames de laboratório, punção lombar, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Após o diagnóstico a doença é classificada e estadiada: indolente,  de crescimento relativamente lento; ou agressivo, de alto grau e desenvolvimento rápido e o estágio em que se encontra.
            A maioria dos linfomas é tratada com quimioterapia, radioterapia, ou ambas. A quimioterapia consiste na combinação de duas ou mais drogas. A radioterapia é uma forma de radiação usada, em geral, para reduzir a carga tumoral em locais específicos, para aliviar sintomas, ou também para reforçar o tratamento quimioterápico, diminuindo as chances de volta da doença em localizações mais propensas à recaída.
No caso dos linfomas indolentes, as opções de tratamento variam desde apenas observação clínica, até tratamentos bastante intensivos, dependendo da indicação médica.

Para linfomas com maior risco de invasão do Sistema Nervoso Central – SNC (cérebro e medula espinhal), faz-se terapia preventiva (injeção de drogas quimioterápicas diretamente no líquido cérebro-espinhal, e/ou radioterapia que envolva cérebro e medula espinhal). Nos pacientes já com o SNC, ou que desenvolvem esta complicação durante o tratamento, são realizados esses mesmos tratamentos. Mais recentemente, a imunoterapia está sendo cada vez mais incorporada ao tratamento, isoladamente ou associada à quimioterapia.

Fonte: Instituto Nacional do Câncer

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Hanseníase


       A Hanseníase, também conhecida como lepra, é uma doença contagiosa de grande impacto em saúde pública. Ela á causada por uma bactéria da família da bactéria da tuberculose, o Mycobacterium leprae que ataca, principalmente, pele e o sistema nervoso. Os sintomas principais são:
·          Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou alteração de sensibilidade;
·          Área de pele seca e com falta de suor;
·          Área da pele com queda de pêlos, especialmente nas sobrancelhas;
·          Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade;
·         Sensação de formigamento (parestesias) ou diminuição da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato. A pessoa se queima ou machuca sem perceber.
·         Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés.
·         Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos.
·         Úlceras de pernas e pés.
·         Nódulo (caroços) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
·         Febre, edemas e dor nas juntas.
·         Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz;
·         Ressecamento nos olhos;
·         Mal estar geral, emagrecimento;
·         Locais com maior predisposição para o surgimento das manchas: mãos, pés, face, costas, nádegas e pernas
Importante: Em alguns casos, a hanseníase pode ocorrer sem manchas.
            O contágio se dá quando uma pessoa infectada e não tratada elimina o bacilo pelas vias respiratórias e assim contagia, para que outro fique doente é necessário que haja susceptibilidade, ou seja, nem todos os infectados adoecerão. Importante ressaltar que a doença NÃO se transmite por contato íntimo, copos e talheres, relação sexual, assentos, sanitários e outras formas de contato.

            O tratamento se faz com antibióticos específicos, ambulatorialmente (não precisa internar) e cura. Rapidamente após o início do tratamento o paciente deixa de ser infectante. Quando não tratada adequadamente a hanseníase pode causar deformidades físicas incapacitantes, aparecendo os estigmas dos “leprosos” vistos mais antigamente. 

domingo, 15 de junho de 2014

Aderência ao Tratamento e Prevenção


            Na nossa prática médica esbarramos com várias negativas por parte dos pacientes: “não gosto de tomar remédio”, “não gosto de médico”, “esse exame eu não faço”, “não me fale em cirugia”, além das dificuldades para que o paciente abra mão de hábitos e gostos que vão de encontro a patologias que estejam em tratamento. Interrupção do tabagismo, do álcool, melhora dos hábitos alimentares e prática de atividade física são alguns exemplos de hábitos que os pacientes precisam melhorar.
            Remédios não fazem milagres sozinhos, tomar os remédios e continuar a estimular doenças com maus hábitos é um “morde e assopra” e a chance de insucesso no tratamento é grande. Somos educados desde cedo que devemos “comer bem” e crianças magrinhas sempre ouvem “está tão magrinho” dos seus familiares e doces, frituras e fast foods vem sem restrições.

            Mudar esses hábitos depois da vida adulta é sempre mais difícil, requer muito mais vontade, muito mais força e muito mais tempo. Sem falar que quase sempre já vem acompanhado de algum problema de saúde e deixa de ser prevenção para ser tratamento. Basta uma simples olhada em qualquer grupo de crianças e quase sempre vemos crianças acima do peso, a obesidade infantil nos dá um termômetro de como as crianças comem errado e, acreditem, isso sempre trará conseqüências futuras. 

sábado, 14 de junho de 2014

Ressonância Magnética do Coração


        Já falei aqui de vários exames cardiológicos: eletrocardiograma, teste ergométrico, MAPA, cateterismo, etc. Hoje falo de um exame que vem ganhando cada vez mais espaço na cardiologia: a ressonância magnética.
            Este exame, que mostra com impressionante detalhamento as estruturas, tem importância crescente para mostrar não só como está anatomicamente o coração mas também como uma avaliação funcional e diagnóstica. Com a ressonância é possível avaliar a extensão de um infarto, se existe viabilidade em determinada área no coração e se assim vale a pena uma abordagem invasiva (cirúrgica ou por angioplastia), se existe cardiopatia estrutural como fonte de arritmias graves, uma precisa análise do desempenho cardiológico, se a disfunção tem origem isquêmica (obstrução de artérias) ou inflamatória (miocardite).

            Ainda esbarramos em alguns entraves como alto custo (principalmente na medicina pública), pouca gente capacitada para realização e interpretação do exame, mas o desenvolvimento e maior popularização do método parece ser inexorável.  Os exames cardiológicos existentes não podem ser  “jogados fora” pelo advento da ressonância magnética, todos eles tem seu valor, suas indicações e tem suas evidências mostradas em trabalhos muito bem estruturados. A ressonância vem acrescentar qualidade, precisão, informações diagnósticas e prognósticas para a avaliação de cardiopatias. 

Retorno!

         Após alguns meses de sumiço por problemas pessoais, volto hoje esperando conseguir manter a regularidade nas postagens do blog. 

Obrigado!

domingo, 6 de abril de 2014

Gordura Abdominal


           Venho falar hoje sobre algo muito comum em muitas pessoas que conhecemos e observamos: a barriguinha. Fora casos específicos como gravidez e ascite (água no abdome), a barriguinha proeminente significa acúmulo de gordura abdominal e, além da estética, tem outros problemas muito mais importantes.
            O acúmulo de gordura nos órgãos internos está relacionado com o aparecimento de doenças graves. Ao contrário do que se pensava, a gordura não é uma coisa inerte que só se acumula e que altera a forma do nosso corpo. A gordura é metabolicamente ativa, secreta substâncias, reage a outras e seu acúmulo tem forte relação com problemas como hipertensão, diabetes, distúrbios das gorduras sanguíneas. Substâncias que afetam o coração são secretadas pelo tecido gorduroso e comprovadamente caem quando o paciente emagrece.
            Outro fator importante é o aparecimento de resistência à insulina. Muitas vezes o paciente começa a ter distúrbios da glicose mesmo sem ter queda na secreção de insulina. O pâncreas do paciente é normal, produz insulina normal mas ela não consegue agir no organismo pois o tecido gorduroso promove resistência à insulina.
            Devemos ter em mente que, ao procurar emagrecer, o fator estético é o menos importante (embora seja talvez o mais motivacional) e suas alterações estéticas nada mais são do que a ponta do  iceberg de alterações que tornam a pessoa mais saudável. As dietas devem tornar a alimentação mais saudável e a atividade física faz muito mais do que queimar calorias, ela promove uma verdadeira modificação metabólica no nosso corpo. Não importa idade, não importa se gordo, magro, sedentário, ativo, etc. O benefício sempre existe .

            Modifiquemos nossa vida, principalmente quem está com sobrepeso, que tem uma barriguinha proeminente. Isso pode estar minando sua saúde, encurtando sua vida, comprometendo sua qualidade de vida.

domingo, 16 de março de 2014

Sibutramina para emagrecer - vale à pena?


       Substância muito difundida aqui no Brasil, a sibutramina é usada frequentemente por quem quer emagrecer. Ela já foi proibida nos EUA e na Europa porém aqui continua sendo vendida com receituário controlado.
            Afinal, o que é a sibutramina?
            Essa substância, inicalmente elaborada para funcionar com anti-depressivo, age do sistema nervoso central aumentando a sensação de saciedade. Ou seja, eliminando aquela sensação de fome, de que precisa comer mais e assim, fazendo a pessoa perder peso.
            Desde o início de seu uso, percebeu-se que a sibutramina provocava aumento de pressão arterial e acelerava os batimentos, o que levou a um uso cauteloso em pacientes com essas características. Porém, há pouco tempo, um grande estudo envolvendo mais de 10mil pacientes, mostrou que a sibutramina aumenta significantemente a mortalidade cardiovascular  , a incidência de infarto e AVC o que levou a proibição da droga nos EUA e na  Europa. Aqui, após este estudo, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que regula a fabricação e venda de medicamentos no Brasil, lançou uma ofensiva contra a sibutramina porém não foi suficiente para vencer os interesses dos laboratórios farmacêuticos que tem importante lucro com a venda da droga no Brasil e ela continua sendo liberada por aqui.
            É importante ressaltar que no Brasil existe e sempre existiu um uso indiscriminado da substância, médicos que vendem resultado de emagrecimento a prescrevem de forma difusa, sem muita preocupação com o histórico médico da paciente (às vezes desconhecido do próprio paciente) confiando, principalmente, na pouca idade, público que costuma procurar esse tipo de serviço.
            A sibutramina é uma droga que requer todo o cuidado na sua prescrição e foi proibida no mundo todo menos no Brasil. Será que somos os únicos certos?
            Um abraço!

quinta-feira, 6 de março de 2014

Exames Contrastados

              Muitas pessoas se assustam na hora de realizar um exame contrastado, principalmente quando é com contraste venoso. Nos laboratórios que realizam é dado um questionário cujas perguntas assustam e muitas vezes o psicológico já vem abalado por relatos prévios de coisas catastróficas relacionadas a contraste. Vamos tentar hoje desmistificar um pouco e entender o que realmente se deve preocupar em termos de contraste. Para que serve o contraste?
Contraste é tudo igual?  Todos eles são perigosos?
            Em primeiro lugar, para que serve o contraste? O contraste veio para melhorar a acurácia da imagem radiológica. Os exames simples de raios-X são muito limitados principalmente para visualização de tecidos "moles" por serem radiotransparentes. O contraste melhorou demais isso, conseguiu-se ter uma visão bem melhor de ógãos internos. A maioria dos contrastes venosos é a base de iodo e aí que começam os problemas. Muitas pessoas são alérgicas ao iodo, já tem relatos de reações prévias (mesmo a iodo usado em curativos simples) ou alergias que podem estar relacionadas (frutos do mar, por exemplo) e, nesses, se o exame é imprescindível, deve optar por uma dessensibilização usando drogas antialérgicas e corticosteroides antes do exame. Outro problema é que o contraste iodado é tóxico para os rins. Eles á evoluíram muito, cada vez são mais seguros, mais ainda, numa pequena parcela, pode acontecer da função renal ter algum prejuízo, normalmente pequeno e transitório (embora possa ser grave em número reduzido de casos). Para isso, ter o paciente bem hidratado, estimular bastante o rim a funcionar ajuda, principalmente se o paciente já tem algum grau de disfunção renal.
            Uma vez que se fala em "contraste" o leigo imagina que seja tudo igual e não é. Os exames radiológicos (raio-X, tomografias e angiotomografias) usam normalmente contrastes iodados e, hoje em dia cada vez menos, com bário, principalmente para exames radiológicos do trato digestivo. Os exames de ressonância magnética usam um tipo diferente de substância que não é iodada, é bem menos alergênica porém pode ter problema renal (principalmente em quem já tem algum problema) e os exames cintilográficos tem outros tipos de contrastes, tambpem sem iodo, que são bastante seguros tanto do ponto de vista alergênico quanto do ponto de vista renal.
 É importante ressaltar que muitas vezes não existem opções e o exame contrastado tem de ser feito. Um exemplo clássico disso é o cateterismo cardíaco, pode ser salvador de vidas porém envolve o uso do contraste iodado radiológico. Tanto o médico solicitante desses exames tanto o que realiza devem estar bastante atentos ao motivo para pedir, o benefício de sua realização, possíveis efeitos adversos e como manejá-los.

            Um abraço a todos.  

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Hérnia de Disco


         A coluna vertebral é formada por ossos empilhados em cadeia chamados de vértebras, entre esses ossos existem os discos intervertebrais que servem para acolchoar as vértebras, amortecendo os impactos. No interior desses discos existe uma substância gelatinosa responsável por esse acolchoamento.
            Em algumas pessoas, acontece uma fissura ou degeneração desses discos, fazendo com que haja um escape da substância gelatinosa, alcançando assim as raízes nervosas que saem da medula causando inflamação desses nervos. A isso chamamos de hérnia de disco.
            O principal sintoma é a dor que está relacionada ao segmento da coluna envolvido. Se é na coluna cervical (pescoço) a dor normalmente atinge o pescoço, ombros e pode ir para os braços. Se acontece na coluna torácica, a dor nas costas é o principal e se acontece na coluna lombar acontece a comum irradiação para os membros inferiores. Além disso pode acontecer fenômenos de sensibilidade como dormência, perda de sensibilidade e dificuldades de movimentação.
            Quem tem uma ou mais hérnias de disco sabe que dor acontece em crises, muitas vezes causada por uma posição, um esforço e o tratamento é feito com drogas analgésicas e anti-inflamatórias. O sobrepeso e a obesidade são grandes inimigos pela pressão que causam sobre a coluna. Nos casos mais sérios, existem procedimentos cirúrgicos que ajudam, mas só estão indicados em casos criteriosamente avaliados por um ortopedista ou neurocirurgião. O diagnóstico, além do quadro clínico, é confirmado por exames de imagem, principalmente a ressonância magnética.

            Cuidar bem da coluna desde cedo é importante, devemos manter cuidado com a postura, com o peso, manter uma musculatura da região cervical, dorsal e lombar bem trabalhada. Tudo isso ajuda bastante na prevenção. Para aqueles que tem profissões que envolvem pegar muito peso o uso de proteções para a coluna é de grande valia.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Pico de pressão - o que fazer?


        Uma pergunta frequente feita no consultório é: a partir de quanto de pressão eu preciso me preocupar? Bom, essa resposta normalmente não vem com um número em si mas com o tipo de dano que a pressão arterial esteja causando. Variando muito de pessoa para pessoa, o pico de hipertensão pode ser considerado emergência ou não.
            A hipertensão arterial é danosa, lenta e por vezes silenciosamente porém alguns sinais mostram que ela está causando problemas de forma aguda e isso obriga a tratamento imediato e intensivo. Quando um paciente é hipertenso, o tratamento visa impedir que o paciente apresente lesões nos sistemas que a hipertensão adora atacar e que são comprometedores tanto da duração da vida quanto de sua qualidade, a saber: cérebro, coração, olhos e rins. Partindo daí, ficamos com a definição de "lesão de órgão alvo" que é muito importante para definirmos o quão agressivos devemos ser no tratamento.
            Alguns sintomas nos dão uma direção que algo mais sério esteja acontecendo além de um mero aumento de pressão como por exemplo:
·         Dormências e fraquezas em algum segmento do corpo, dores de cabeça, alterações na fala  – dano neurológico;
·         Alterações visuais (visão dupla, borrada, sem foco) – alterações oculares e/ou neurológicas
·         Dor no peito, falta de ar, cansaço, palpitações – dano cardiológico
    Uma elevação de pressão arterial que apresente sintomas assim devem ser tratados como emergências médicas, em ambiente hospitalar, com medicação rápida e eficaz. Tentar contornar isso em ambiente doméstico pode fazer a diferença entre uma mera crise de pressão ou um infarto ou um AVC.

        Fiquem atentos!

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Disautonomia - você já ouviu falar nisso?

            O nosso sistema nervoso controla as funções de nosso organismo de uma forma geral. Ele é o responsável pelos comandos voluntários de nosso corpo como os movimentos do corpo e pelos involuntários como movimentos dos órgãos, respiração, etc. Existe uma parte do sistema nervoso que controla boa parte de nossas funções vitais como pressão arterial e frequência cardíaca que é denominado Sistema Nervoso Autônomo. Ele é o responsável, por exemplo, por sentirmos nosso coração disparar quando tomamos um susto e faz com que fiquemos alertas numa situação de estresse.
            Principalmente na população idosa e em especial nos idosos diabéticos, uma disfunção dessa parte do sistema nervoso que é chamada de disautonomia. Ela é um distúrbio que atrapalha a autoregulação das funções involuntárias do organismo incluindo aí a pressão arterial e da frequência cardíaca em situações simples como passar da posição deitado para de pé, permanecer muito tempo em pé parado, ir ao banheiro, provocando muitas vezes quedas acentuadas da pressão arterial nessas situações com consequentes desmaios e quedas. Em idosos, essa situação é especialmente importante pelo risco que representa a queda podendo ter como consequência fraturas de fêmur, traumas cranianos, coisas que apresentam elevado índice de complicações.  O inverso também pode acontecer, com elevações abruptas e inadequadas da pressão arterial e da frequência cardíaca. Além disso, a disautonomia pode causar visão turva, boca seca, impotência sexual, distúrbio gastrointestinais, entre outras coisas.
            Nessas temperaturas altas que estamos enfrentando, a situação se complica ainda mais pois os idosos se desidratam com muito mais facilidade. A pressão tende a cair mesmo sem nenhum distúrbio, a ingesta de líquidos é menor e não é incomum o hábito de se colocar roupa demais.  Além de controlar a pressão arterial e frequência cardíaca, a disautonomia pode afetar a deglutição, função sexual e gastrointestinal.

            Tratar o problema de base como diabetes, Parkinson, alcoolismo tendem a melhorar a disautononia, porém tratamento específico ainda não existe. Em situações específicas, o uso de meias elásticas, evitar ficar de pé muito tempo parado ou caminhando lentamente e a prática de exercícios físicos  podem minimizar bastante. O diagnóstico é clínico e pode ser confirmado através de exames como tilt- teste (teste de inclinação de mesa) e também por alterações específicas no teste de esforço.