quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Prolapso de Válvula Mitral



            Muitas pessoas procuram o consultório do cardiologista tendo um diagnóstico dado muitas vezes ainda na adolescência: o prolapso de válvula mitral (PVM). E tais pessoas vem mais ou menos informadas sobre o que vem a ser, quais os riscos e cuidados que tem de ser tomados em quem é portador dessa variação.
            Simplificando, o PVM acontece quando um ou os dois folhetos da válvula mitral, se movimentam além do que deveriam durante sua abertura e fechamento. Isso, por si só, não é problema porém os problemas podem aparecer quando além disso a válvula mostra sinais de degeneração e/ou falha em executar sua função que vem a ser: abrir para o sangue passar e fechar para que ele não retorne.
            Felizmente na maioria das pessoas acometidas, a válvula prolapsada funciona direito e apresentam pouco ou nenhum sintoma. Em outras, mesmo com bom funcionamento valvar, o paciente se apresenta rico de sintomas que constituem, em sua maioria, de palpitações, falta de ar e dores no peito. Embora muitas vezes o prolapso rico em sintomas não seja necessariamente grave, uma avaliação deve ser feita pois ele pode ser fonte principalmente de arritmias cardíacas e isso não deve passar desapercebido pelo cardiologista.
            Em casos mais sérios, a válvula apresenta sinais de degeneração, ela perde sua função (normalmente ela abre mas não consegue fechar direito), causando insuficiência mitral. Nesses casos, o cardiologista deve acompanhar de perto o caso que pode chegar, em algum momento, a ter a necessidade de trocar ou reparar a válvula cirurgicamente.
            Vale lembrar também que os portadores de prolapso devem consultar o seu cardiologista para ver se existe a necessidade de uso de antibiótico antes de procedimentos dentários para prevenção de uma infecção na válvula chamada endocardite bacteriana pois essa decisão depende do estado da válvula.
            Converse com seu médico!

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